CONTROLE DE INVASORAS

Samambaia: ornamento clássico para a casa, mas tóxico para o gado! Saiba como controlá-la no pasto

Planta ornamental comum em residências pode causar graves intoxicações em bovinos; controle eficaz envolve aplicação correta de herbicidas. Assista ao vídeo

Samambaia: ornamento clássico para a casa, mas tóxico para o gado! Saiba como controlá-la no pasto
Samambaia: ornamento clássico para a casa, mas tóxico para o gado! Saiba como controlá-la no pasto

A samambaia é muito conhecida como planta ornamental nas residências brasileiras, especialmente pela beleza de suas folhas verdes e elegantes. Entretanto, no ambiente rural, esse ornamento pode ser altamente tóxico, representando um risco sério para a saúde dos rebanhos bovinos. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.

Essa foi a importante alerta dado pelo especialista José Borba Júnior, da Sumitomo Chemical, no quadro “Giro do Boi Responde” desta segunda-feira, 17 de março, após dúvida levantada pelo pecuarista Waldecir Colombini, de Lagoinha, município do Vale do Paraíba, em São Paulo.

O produtor relatou preocupação com a rápida disseminação da samambaia em suas pastagens e quis saber qual a melhor forma de combatê-la para proteger seu rebanho.

Segundo Borba Jr., o controle é fundamental, já que a samambaia pode causar sérios danos aos animais devido à toxicidade de suas folhas, especialmente as mais jovens.

Riscos e consequências da intoxicação

Detalhe da infestação de samambaias em área de pastagem. Foto: Divulgação
Detalhe da infestação de samambaias em área de pastagem. Foto: Divulgação

O especialista explicou que a intoxicação pelo consumo da samambaia ocorre principalmente por três razões: a presença de substâncias altamente tóxicas, chamadas ptaquilosídeos; a ingestão contínua em pequenas doses (intoxicação crônica); ou uma exposição repentina a grandes quantidades da planta (intoxicação aguda).

Entre os sintomas mais comuns da intoxicação causada pela samambaia em bovinos estão hemorragias, anemia, tumores na bexiga e até graves alterações no sistema nervoso central, como a doença conhecida popularmente como “pescoço caído”.

Outro sintoma preocupante é a depressão da medula óssea, que afeta diretamente a produção sanguínea do animal, levando-o à anemia e até mesmo à morte.

A planta representa um risco ainda maior porque sua intoxicação pode ocorrer de maneira lenta e silenciosa, sendo diagnosticada apenas quando o quadro já está bastante avançado, o que pode acarretar grandes prejuízos econômicos ao produtor rural.

Controle efetivo com herbicidas

Aplicação de defensivo nos pastos. Foto: Divulgação

O especialista da Sumitomo Chemical reforçou durante sua participação no quadro “Giro do Boi Responde”, que o método mais eficiente para o controle da samambaia em pastagens é o uso de herbicidas seletivos, especificamente os oxínicos.

“Esses produtos químicos são os mais indicados para o controle da samambaia, já que são eficientes e não prejudicam a qualidade da forrageira”, destacou o especialista.

No entanto, Borba Jr. alertou que após a aplicação do herbicida, os produtores devem seguir rigorosamente o período de carência até liberar novamente os animais na área tratada.

“É fundamental respeitar o período indicado pelo fabricante, garantindo que todos os resíduos da planta e do produto químico estejam eliminados para evitar novos riscos de intoxicação”, ressaltou.

O especialista destacou também que não é possível sugerir uma dose padrão de herbicida, pois o uso depende de uma avaliação detalhada da situação da fazenda, que inclui a extensão da área afetada, a densidade da infestação e o estado vegetativo da planta invasora.

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Avaliação técnica personalizada é fundamental

Para combater de forma eficiente a samambaia, Borba Jr. recomendou aos pecuaristas buscar assistência técnica especializada, para que sejam feitas avaliações precisas e recomendações técnicas específicas sobre o manejo da pastagem e aplicação correta dos produtos.

“Uma visita técnica é a melhor forma de garantir que a aplicação seja correta, segura e eficaz”, enfatizou.

Além disso, o especialista ressaltou que não basta eliminar a samambaia apenas uma vez. É necessário um controle periódico das pastagens, já que as sementes e rizomas (raízes subterrâneas) têm alta capacidade de regeneração. Por isso, monitorar a área continuamente é essencial para manter os pastos saudáveis e produtivos.

A importância da prevenção

Borba Jr. reforçou ainda que, além do controle químico, é importante adotar práticas preventivas, como o manejo correto das pastagens e o monitoramento regular das áreas infestadas.

“O manejo adequado das pastagens é a melhor estratégia preventiva, pois reduz as condições para o desenvolvimento das samambaias e outras plantas invasoras,” afirmou.

O especialista também indicou práticas de manejo integrado, como roçadas periódicas e manejo correto da fertilidade do solo, para evitar a reinfestação e manter o capim saudável, prevenindo, assim, a proliferação de plantas daninhas no pasto.

Com essas orientações claras e práticas, pecuaristas como Waldecir podem atuar rapidamente para eliminar a ameaça que a samambaia representa, protegendo a saúde dos animais e garantindo a produtividade e rentabilidade da fazenda.

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