
Uma situação muito comum em fazendas brasileiras foi tema de destaque no quadro “Giro do Boi Responde”, desta segunda-feira, 17 de março. Tiago Felipini, zootecnista e consultor da Alcance Planejamento Rural, respondeu à dúvida do pecuarista Valter Barreto, da Fazenda Bela Vista, localizada em Feira de Santana, Bahia, sobre os possíveis riscos de oferecer a mesma suplementação para bovinos, equinos e ovinos. Assista ao vídeo abaixo e confira as explicações completas.
Valter explicou que, devido à dinâmica do manejo na fazenda, seus cavalos frequentemente acabam consumindo a mesma ração destinada aos bovinos, e questionou se essa prática poderia representar perigo para sua tropa ou para uma pequena criação de ovinos que também compartilha o mesmo espaço.
Atenção ao perigo da monensina sódica
Felipini foi enfático ao alertar sobre o risco grave caso o suplemento utilizado no cocho contenha monensina sódica.
O especialista orientou Valter a verificar atentamente o rótulo do suplemento “Confinamento 10”, especialmente na parte dos níveis de garantia, para conferir se há presença desse aditivo. Segundo o consultor, a monensina sódica é extremamente prejudicial aos cavalos.
“Equídeos são animais muito sensíveis à monensina. Caso consumam suplementos contendo essa substância, podem sofrer intoxicação severa e até vir a óbito”, alertou Felipini, destacando a importância de manter atenção rigorosa nesse manejo nutricional.
Por outro lado, ovinos não apresentam o mesmo risco, uma vez que são animais ruminantes, assim como os bovinos.
De acordo com o especialista, não há perigo algum se ovelhas ou carneiros consumirem suplementos destinados aos bovinos, pelo contrário, podem até ganhar mais peso e apresentar resultados positivos no desempenho produtivo.
Separação de equinos é a melhor alternativa
Diante dos riscos, a recomendação técnica do especialista é clara: se o suplemento tiver monensina sódica, deve-se evitar completamente que os cavalos tenham acesso ao cocho compartilhado com bovinos.
“Se não houver como evitar o compartilhamento do cocho, retire os equinos do pasto ou opte por um suplemento sem monensina. Dessa forma, você protege sua tropa”, reforçou Felipini.
O alerta feito pelo consultor não é restrito apenas à propriedade de Valter, mas vale para qualquer fazenda onde ocorre essa mistura de espécies em manejo nutricional conjunto. Essa situação é frequente, especialmente nas regiões com criação mista, exigindo atenção constante por parte do produtor rural.
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Nutrição segura para maior produtividade
Felipini ressaltou ainda que a monensina sódica é amplamente utilizada na pecuária devido aos benefícios proporcionados aos bovinos, como melhoria na eficiência alimentar e maior ganho de peso. Contudo, é essencial que o produtor tenha consciência dos riscos de compartilhamento desse produto com outras espécies sensíveis.
O consultor encerrou sua participação reforçando o convite para que os pecuaristas enviem suas dúvidas ao programa Giro do Boi, contribuindo para o esclarecimento de questões relevantes que podem impactar diretamente no sucesso produtivo das fazendas.
Com esse cuidado simples e essencial, o produtor protege a saúde dos animais, garante o bem-estar da tropa e ainda preserva a produtividade das demais espécies, como os ovinos, que se beneficiam da nutrição complementar.
Confira sempre o rótulo
Finalizando sua recomendação, Tiago Felipini enfatizou que consultar regularmente o rótulo dos suplementos utilizados é uma prática obrigatória para evitar acidentes nutricionais.
“O rótulo traz todas as informações necessárias. Não negligencie essa prática, que é fundamental para proteger seus animais”, completou.
A orientação técnica do especialista visa proteger não apenas o patrimônio do produtor, mas principalmente a vida dos animais, evitando prejuízos e perdas dolorosas que poderiam ser facilmente prevenidas com manejo adequado.
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