RECRIA INTENSIVA A PASTO

RIP impulsiona a pecuária brasileira com “ganha-ganha” do produtor ao consumidor

Com foco na recria intensiva a pasto, sistema promove ciclo curto, melhora a qualidade da carne e reduz emissões, segundo Eduardo Pedroso, diretor da Friboi. Assista ao vídeo

RIP impulsiona a pecuária brasileira com “ganha-ganha” do produtor ao consumidor
RIP impulsiona a pecuária brasileira com “ganha-ganha” do produtor ao consumidor

A RIP — recria intensiva a pasto — tem se consolidado como uma das principais alavancas de produtividade e sustentabilidade na pecuária brasileira. Assista ao vídeo abaixo e confira.

A estratégia está revolucionando a cadeia produtiva ao proporcionar ganho de peso acelerado na fase mais eficiente do desenvolvimento animal. Mais do que uma técnica, a RIP representa um verdadeiro modelo de “ganha-ganha” — do pecuarista ao consumidor final.

Quem reforça essa visão é o zootecnista Eduardo Pedroso, diretor executivo de originação da Friboi, em entrevista ao programa Giro do Boi. Segundo ele, a RIP é o elo-chave para uma pecuária moderna, eficiente e lucrativa.

Ganha o pecuarista: mais produtividade e ciclo encurtado

Bovinos no sistema de recria intensiva a pasto (RIP) na fazenda da Novapec. Foto: Reprodução
Bovinos no sistema de recria intensiva a pasto (RIP) na fazenda da Novapec. Foto: Reprodução

Durante a recria — fase que antecede a puberdade do animal — o potencial de crescimento ósseo e muscular é maior, com altíssima eficiência na conversão alimentar. Pedroso explica que é nessa etapa que o uso da tecnologia tem melhor custo-benefício.

“A resposta ao aporte tecnológico na recria é a melhor possível. Você levanta o gado, antecipa a idade, prepara para o cocho e encurta absurdamente o ciclo de abate”, afirma o zootecnista.

Além disso, a RIP permite levar o animal mais pesado para a terminação, reduzindo o custo por arroba produzida e aumentando a rentabilidade da fazenda.

Ganha a indústria: animal mais jovem, carcaça melhor

Detalhe da carcaça das novilhas no frigorífico. Foto: Divulgação
Detalhe da carcaça das novilhas no frigorífico. Foto: Divulgação

Para o frigorífico, a RIP traz carcaças mais jovens, pesadas e padronizadas, o que melhora o rendimento de cortes e a qualidade da carne. Com isso, é possível acessar mercados internacionais exigentes, como o da China, Estados Unidos e Europa.

“O boi jovem, conhecido como ‘boi China’, virou premissa para inúmeros mercados. A RIP é o melhor caminho para atingir esse padrão em escala e com eficiência”, pontua Pedroso.

Ganha o meio ambiente: menos metano, mais eficiência

A recria intensiva contribui ainda para a sustentabilidade da cadeia da carne. Animais abatidos mais jovens emitem menos metano ao longo de suas vidas, reduzindo a pegada de carbono da produção.

“Um animal que produz mais carne em menos tempo é ambientalmente mais eficiente. A RIP é fundamental nesse contexto”, destaca Pedroso.

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Ganha o consumidor: carne mais macia e saborosa

Detalhe de cortes de carne bovina. Foto: Divulgação
Detalhe de cortes de carne bovina. Foto: Divulgação

Do lado do consumidor, o reflexo é direto no prato: carne mais macia, suculenta e saborosa, fruto de uma genética superior, aliada à alimentação estratégica e ao manejo intensivo.

Pedroso defende uma pecuária moderna baseada em três pilares fundamentais:

  1. Genética melhoradora – com touros e matrizes de alto desempenho;
  2. Recria intensiva (RIP) – como o momento de maior ganho produtivo;
  3. Terminação intensiva – que garante o acabamento de qualidade e o boi jovem.

A base de tudo: manejo, nutrição e planejamento

Por fim, Eduardo Pedroso ressalta que investir em RIP não é uma aposta no escuro, mas uma decisão estratégica que exige planejamento, pasto de qualidade e suplementação balanceada.

“É um sistema que transforma a pecuária em um negócio mais rentável, sustentável e alinhado às demandas do consumidor moderno. Todos ganham”, resume.

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