DÚVIDA DO PECUARISTA

Reforma de pastagens: dicas para evitar a compactação do solo e otimizar o pastejo

Confira as estratégias práticas para um manejo eficiente e sustentável da área de forrageiras da fazenda

Reforma de pastagens: dicas para evitar a compactação do solo e otimizar o pastejo
Reforma de pastagens: dicas para evitar a compactação do solo e otimizar o pastejo

Durante o programa “Giro do Boi Responde”, o zootecnista Edmar Peluso compartilhou valiosas orientações à produtora Adriana Martinez, de Nova Crixás, Goiás, sobre como iniciar a reforma de pastagens minimizando a compactação do solo. Uma das principais preocupações de Adriana é garantir que o desenvolvimento saudável dos pastos não seja comprometido, para isso Peluso destacou a importância do gerenciamento adequado da lotação de animais para manter a saúde do solo e a produtividade da pastagem. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações na íntegra.

Como explica Peluso, uma das chaves para evitar a compactação do solo é ajustar a lotação de acordo com a sazonalidade das forrageiras. Durante o período das águas, cerca de 70 a 80% da produção de capim ocorre, enquanto na seca esse número cai para 20 a 30%.

Para otimizar o manejo, é necessário adequar a carga animal: por exemplo, um pasto que suporta duas unidades animais (UAs) por hectare em março, pode precisar ser ajustado para 0,9 UA por hectare nos meses de agosto e setembro. Essa redução pode ser feita diminuindo o tamanho do lote ou reduzindo o tempo de permanência dos animais nos piquetes.

Estratégias de manejo eficazes

Ao responder sobre o tamanho ideal dos lotes e o tempo de permanência, Peluso enfatizou que não é sempre necessário dividir rigorosamente os lotes. Em vez disso, é possível reduzir o tempo que os animais passam em um determinado piquete.

Por exemplo, se um lote de 100 UA normalmente ficaria 30 dias, no período de seca ele poderia permanecer apenas 15 dias, permitindo assim que o pasto se recupere adequadamente. Essa estratégia evita o desgaste excessivo do solo e garante que os recursos sejam utilizados de forma eficiente.

Necessidades nutricionais e reprodutivas dos animais

Edmar Peluso também destacou a importância de considerar as necessidades nutricionais e reprodutivas dos animais no manejo dos pastos. É essencial ter bom senso e avaliar o que é mais vantajoso para a fazenda como um todo.

As práticas devem ser adaptadas de acordo com a realidade do produtor, sempre buscando o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade.

Ele exemplificou com casos de clientes que conseguiram alta taxa de prenhez e produção com diferentes tamanhos de lotes, desde que houvesse um bom manejo nutricional e disponibilidade de recursos.

Considerações finais e boas práticas no manejo do pasto

A compactação do solo é um problema crítico que pode ser evitado com planejamento adequado e práticas de manejo conscientes.

Além de ajustar a carga animal, Peluso sugere garantir que sempre haja comida, água, sal mineral e área de cocho suficientes para os animais. Isso não só melhora o desempenho dos animais, mas também assegura que os pastos mantenham sua capacidade produtiva ao longo dos anos.

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As dicas de Peluso reforçam a necessidade de estar atento aos sinais do campo e adaptar as práticas de manejo de acordo com as condições locais e os objetivos de produção. Com atenção aos detalhes e estratégias alinhadas às condições específicas de cada propriedade, é possível realizar a reforma de pastagens de forma eficaz, evitando problemas de solo compactado e promovendo a longevidade e saúde dos pastos.

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