Escolher o capim ideal para o pastejo rotacionado é uma decisão crucial para o sucesso da pecuária. De acordo com o zootecnista e mestre em pastagem e forragicultura Edmar Peluso, sócio-fundador da consultoria Gerente de Pasto, a escolha da forrageira deve considerar fatores como tipo de solo, drenagem, fertilidade e nível de intensificação da produção. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações na íntegra.
Em resposta à pergunta do produtor rural José Cláudio, de Serra do Ramalho (BA), Peluso destacou as principais opções de capins para sistemas de pastejo rotacionado.
Entre as espécies mais indicadas, o capim Mombaça e o capim Massai se destacam. O Mombaça, por exemplo, é altamente produtivo, mas exige solos bem drenados, boa fertilidade e manejo cuidadoso.
“Ele produz muito na época das águas, mas reduz drasticamente no período seco”, explica Peluso.
Já o Massai, embora menos exigente em fertilidade, também é uma excelente opção para sistemas intensivos.
Braquiárias: versatilidade e resistência
As braquiárias são outras opções populares para o pastejo rotacionado. O capim Braquiarão e o Piatã, por exemplo, são forrageiras que se adaptam bem a solos bem drenados e respondem positivamente à intensificação.
“Esses capins mantêm uma boa massa de forragem durante o ano todo, com boa produção nas águas e resistência na seca”, afirma Peluso.
Já o capim Xaraés e o MG5 são conhecidos por sua agressividade no crescimento e alta capacidade de suporte de lotação.
“O MG5 é um dos melhores capins de semente disponíveis no mercado. Ele suporta altas lotações e responde muito bem à adubação”, destaca o especialista.
No entanto, essas espécies exigem manejo rigoroso, pois podem ficar duras se não forem pastejadas no momento certo.
Gramíneas estrela: produtividade e qualidade
Para produtores que buscam forrageiras de alta qualidade, o Tifton 85 e a grama Estrela Roxa são excelentes escolhas. O Tifton 85, embora altamente exigente em fertilidade, oferece alta produtividade e qualidade nutricional.
“É uma grama de luxo, comparável a um Porsche em termos de exigências”, brinca Peluso.
Já a Estrela Roxa é mais versátil, adaptando-se tanto a solos de média quanto de alta fertilidade.
“Ela é o capim que mais suporta lotação nas águas e produz muito nas transições entre estações”, explica o especialista.
Além disso, essa grama é uma ótima opção para quem busca um equilíbrio entre produtividade e custos de manutenção.
Considerações finais para o pastejo rotacionado
A escolha do capim ideal para o pastejo rotacionado depende das condições da propriedade e dos objetivos do produtor.
Seja o Mombaça, as braquiárias ou as gramíneas estrela, cada espécie tem suas particularidades e exige manejo adequado para atingir o máximo potencial.
“O segredo está em alinhar a forrageira ao tipo de solo, à fertilidade e ao nível de intensificação do sistema”, conclui Peluso.
Com a orientação correta e o manejo adequado, o pastejo rotacionado pode se tornar uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade e a sustentabilidade da pecuária.
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