ESTAÇÃO DE MONTA

Primíparas: como as estratégias de manejo sanitário podem turbinar a reprodução das novilhas?

Entrevista com o médico-veterinário Leandro Silva, da Boehringer Ingelheim, revela a importância de um planejamento cuidadoso para potencializar a produtividade das primíparas

Primíparas: como as estratégias de manejo sanitário podem turbinar a reprodução das novilhas?
Primíparas: como as estratégias de manejo sanitário podem turbinar a reprodução das novilhas?

A construção de um bom manejo sanitário para o rebanho é um dos pilares fundamentais da pecuária de corte. Este manejo permite uma utilização mais eficiente dos insumos disponíveis e promove a saúde e o bem-estar dos animais. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Com um foco especial no manejo das primíparas, ou novilhas de primeira cria, a adoção de práticas sanitárias adequadas pode assegurar bons índices produtivos, especialmente em fazendas que trabalham com matrizes precoces, inseminadas aos 13-14 meses de vida.

Desafios climáticos e impacto na pecuária

Recentemente, o Rio Grande do Sul tem enfrentado uma série de desafios climáticos, incluindo enchentes e invernos rigorosos. Leandro Silva, médico-veterinário e coordenador de território da Boehringer Ingelheim no Estado, comenta sobre os impactos dessas condições na pecuária.

“Vimos muitas pastagens atrasadas, principalmente em áreas de integração lavoura-pecuária, onde o clima extremo afetou a produção. No entanto, as práticas sanitárias continuam cruciais para manter a saúde dos rebanhos, independentemente das condições climáticas.”

Leandro Silva

Manejo sanitário para novilhas e primíparas

Silva enfatiza a distinção crucial entre novilhas e primíparas no manejo sanitário.

“Novilhas ainda não prenhas são tratadas de forma diferente das primíparas, que estão na primeira gestação ou lactação. As novilhas que recebem inseminação precoce, aos 13-14 meses, requerem um cuidado especial, diferente das mais comuns, inseminadas aos 24 meses.”

Leandro Silva

Ele destaca a importância de uma preparação robusta, com foco especial em sanidade para manter essas jovens fêmeas saudáveis e produtivas.

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Estratégias específicas de vacinação

Ao discutir o protocolo sanitário, Silva aponta a necessidade de atenção ao tipo de leptospira presente na propriedade para a vacinação eficaz.

“A vacina contra leptospirose deve ser específica para os sorovares da sua propriedade. É essencial trabalhar com o veterinário local para identificar e usar vacinas direcionadas à realidade da fazenda.”

Leandro Silva

Além disso, é vital o uso de vacinas contra IBR, BVD, brucelose e outras doenças comuns aos rebanhos.

A importância da vermifugação e outras práticas sanitárias

O especialista também ressalta a vermifugação como um aspecto fundamental do manejo sanitário.

“Novilhas e primíparas são particularmente suscetíveis a cargas parasitárias durante períodos de imunossupressão, como no periparto. Recomenda-se uma vermifugação adequada, especialmente ao final da gestação, para minimizar os impactos negativos nos bezerros e na saúde das mães.”

Leandro Silva

Além disso, o manejo inclui a vacinação contra clostridioses e diarreia neonatal, assegurando que essas vacinas sejam administradas no terço final da gestação para a transferência de imunidade via colostro.

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