
Pecuaristas, em plena temporada de confinamento, a atenção à saúde do rebanho é crucial. A pneumonia bovina se destaca como a doença que mais causa mortes em animais confinados, especialmente nesta época do ano. Quer proteger seu gado e sua lucratividade? Assista à entrevista completa abaixo!
Fatores como estresse, dificuldade de adaptação a novos ambientes e dietas, aglomeração, poeira e oscilações térmicas resultam em queda da imunidade, abrindo portas para vírus e bactérias.
Nesta quinta-feira, 10 de julho, o programa Giro do Boi recebeu a médica-veterinária Alessandra Nassar, mestre e doutora pela USP, pesquisadora e diretora de Pesquisa e Desenvolvimento em Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ela abordou em detalhes como evitar essa doença devastadora.
Fatores de risco e bactérias oportunistas

O período de seca e inverno é particularmente complicado para os confinamentos. A diminuição da oferta natural de alimento e as grandes amplitudes térmicas (manhãs frias e tardes quentes) estressam os animais, tornando-os mais suscetíveis a doenças respiratórias.
A aglomeração, típica de confinamentos, também causa estresse, favorecendo a ação de bactérias oportunistas como a Mannheimia haemolytica e a Pasteurella multocida, conhecidas como “doenças do estresse”. Elas podem agir sozinhas ou em associação com infecções virais, potencializando o problema.
Prevenção é a chave

A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar a pneumonia bovina e outras doenças respiratórias. A Dra. Alessandra Nassar enfatiza que, embora a vacinação não seja 100% protetora, ela confere uma imunidade essencial aos animais.
As principais medidas preventivas incluem:
- Manejo adequado: Alimentação de qualidade, suplementação e fornecimento de água limpa são fundamentais.
- Controle da aglomeração: Evitar superlotação nos piquetes.
- Ventilação adequada: Garantir boa circulação de ar nas instalações.
- Vacinação em dia: Manter o esquema vacinal atualizado contra as principais doenças respiratórias.
Diagnóstico e tratamento eficazes

Se um animal apresentar sintomas como tosse, secreção nasal ou ocular, é crucial que o “olho do boiadeiro” esteja treinado para identificá-los precocemente. O animal doente deve ser isolado imediatamente para evitar a contaminação do restante do lote.
Em seguida, a coleta de amostras e o envio ao laboratório são essenciais para um diagnóstico confirmatório.
O Instituto Biológico realiza esses exames, que podem identificar se a doença é bacteriana ou viral, e qual o melhor antibiótico a ser usado através de um antibiograma. O diagnóstico pode ser obtido em 24 a 72 horas.
Mesmo que um animal venha a óbito, a necropsia e o envio de amostras para diagnóstico são importantes para entender a condição sanitária do rebanho e prevenir futuras perdas. Isso permite ajustar o manejo, a ventilação ou a alimentação se a doença for relacionada ao estresse, por exemplo.
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O apoio do Instituto Biológico

O Instituto Biológico (IB), uma instituição quase centenária, é uma referência em pesquisa e diagnóstico em sanidade animal e vegetal no Brasil.
Com laboratórios acreditados e credenciados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o IB realiza diagnósticos de monitoramento para programas nacionais (raiva, brucelose, tuberculose, sanidade de equídeos, suínos, aves e abelhas) e também atende ao setor privado em todo o Brasil.
A Dra. Alessandra Nassar destaca que o IB oferece apoio laboratorial aos produtores e médicos-veterinários, com custos acessíveis, auxiliando no diagnóstico e monitoramento do rebanho.
A prevenção, aliada a um manejo adequado e ao suporte técnico e laboratorial, é a melhor estratégia para proteger os animais confinados e garantir a rentabilidade da fazenda. Vigilância constante é a palavra de ordem.
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