Durante a seca, o cuidado com o pasto deve ser redobrado. Isso porque, se o solo ficar descoberto, a chance de infestação de plantas daninhas na volta das chuvas aumenta — e muito. Assista ao vídeo abaixo e confira.
O alerta é do engenheiro agrônomo Danilo Vedove, CEO da Agrozoo, em entrevista ao programa Giro do Boi, desta terça-feira, 24 de junho.
Ele reforça que o manejo correto começa ainda nas águas, com ajuste de lotação e oferta de forragem, para garantir cobertura vegetal no período seco.
Solo exposto é porta de entrada para plantas daninhas
Segundo Vedove, um dos maiores erros dos pecuaristas é deixar o solo exposto, o que abre espaço para invasoras ocuparem o lugar do capim.
“Se a área estiver descoberta, quando a chuva voltar, quem nasce primeiro são elas”, afirma o agrônomo.
Por isso, ele recomenda usar ferramentas como sequestro de bezerros ou vacas, que aliviam a pressão no pasto e permitem a rebrota do capim, além da adoção de confinamento temporário.
Manejo adequado evita o rebrote de invasoras
A chave para manter o pasto saudável está na programação da lotação animal. Vedove recomenda, durante a seca, uma média de meia unidade animal (UA) por hectare, o que representa 480 kg de peso vivo por hectare.
Essa medida ajuda a preservar a forragem e a cobertura do solo.
“Mas isso só funciona se o produtor tiver feito o dever de casa nas águas”, ressalta.
Nas regiões como o Pará, onde a seca é intensa de junho a setembro, é essencial planejar o uso das áreas de forma estratégica.
Vedove também destaca que a aplicação de herbicidas foliares só deve ser feita no período chuvoso, quando a planta está em estágio vegetativo.
Durante a seca, o indicado é o controle basal ou aplicação no topo, principalmente em plantas lenhosas.
Tecnologia Top Ultra garante controle definitivo
Uma das grandes inovações apresentadas por Vedove no programa foi o uso da tecnologia Top Ultra, desenvolvida pela Agrozoo.
O produto é um complexo enzimático que mata a raiz de plantas daninhas difíceis, como capim navalha (ou navalhão, capim duro, capim cabeçudo) e o capim capeta (ou capim luca, barba de paca, capim barbante).
Com isso, evita-se o rebrote, que era um dos principais problemas relatados pelos pecuaristas.
“Antes, se eliminava só a parte de cima. A raiz ficava viva e rebrotava com força”, explicou Vedove.
Já com o Top Ultra, a decomposição é completa e transforma a planta morta em matéria orgânica no subsolo, servindo como adubo para o capim desejado.
A tecnologia também pode ser aplicada via drone, o que facilita o acesso até mesmo em áreas difíceis ou sem mão de obra disponível.
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Drone, precisão e segurança contra multas ambientais
Outro ponto importante da entrevista foi o uso de drones no combate a plantas lenhosas, como cipó lixa, lixeira, sambaíba, pata de vaca e miroró.
Essas plantas, que antes não morriam com aplicação foliar, agora podem ser controladas com misturas de herbicidas e Top Ultra, inclusive com aplicação aérea.
Vedove reforça que isso evita o uso de roçadas mal interpretadas por fiscalizações ambientais, como o IBAMA.
Por isso, o uso de tecnologia não só garante o controle eficiente, como também protege o pecuarista de sanções legais.
Onde encontrar e como aplicar
A tecnologia Top Ultra está disponível em lojas agropecuárias de todo o Brasil e também pode ser comprada diretamente pelo site www.topultra.com.br.
Vedove destacou que, com a popularização do drone, qualquer tamanho de produtor pode aplicar a tecnologia com facilidade e segurança.
Ao final da conversa, o agrônomo reforçou o recado:
“Não espere a praga tomar conta. Faça o manejo correto agora para não se arrepender na volta das águas.”
As imagens apresentadas no programa mostraram áreas que, 60 dias após a aplicação, estavam totalmente livres de invasoras e com pastagem recuperada.
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