
A pecuária na Amazônia está revolucionando seus métodos, adotando tecnologias e práticas que não só aumentam a produtividade, mas também garantem a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental. Quer saber quais tecnologias estão aprimorando o manejo e diversificando as pastagens na Amazônia? Assista ao vídeo abaixo e descubra!
A Amazônia, um bioma tão vital, tem sido palco de avanços significativos na pecuária de corte. No fórum Pré-COP da Dinapec 2025, realizado na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), a Embrapa Acre apresentou um panorama das principais iniciativas e manejos que têm impulsionado a produtividade na região.
Judson Ferreira Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou como a pecuária de baixo carbono e a pesquisa participativa estão transformando o cenário local.
O Acre, por exemplo, é um dos estados amazônicos com menor percentual de pastagens degradadas, um testemunho do sucesso dessas novas abordagens.
As reportagens do Giro do Boi já mostraram como a pesquisa é feita junto aos produtores, que se tornam os maiores divulgadores da tecnologia.
Tecnologias e manejos para a sustentabilidade
A pecuária na Amazônia enfrenta o desafio de um clima quente e úmido com solos muito variáveis. Por isso, a monocultura de pastagens não é a solução. A Embrapa Acre tem incentivado a diversificação, utilizando uma mistura de forrageiras e leguminosas.
Essa diversidade é crucial por dois motivos:
- Nutrição: As leguminosas fixam nitrogênio no solo, combatendo a “fome” de nitrogênio das pastagens.
- Resiliência: A mistura de espécies aumenta a resistência da pastagem a pragas como cigarrinhas e lagartas, que atacam espécies específicas.
Outra estratégia fundamental é a integração lavoura-pecuária. Com a rotação de soja, milho e boi safrinha em áreas mais antigas de pastagem, o produtor consegue acesso a suplementos como farelo de soja e milho a preços mais razoáveis.
Isso permite a suplementação de baixo e médio consumo e, em alguns casos, a terminação em semiconfinamento.
Redução do ciclo e mitigação de emissões
A implementação dessas estratégias resultou em uma redução expressiva do ciclo de produção. Há 45 anos, eram necessários 2 hectares para alimentar uma cabeça de gado, e o abate ocorria aos 4 anos.
Hoje, produtores no Acre abatem Nelore a pasto com 26-27 meses, e animais cruzados com Aberdeen Angus com apenas 20-22 meses, muitas vezes sem suplementação.
Essa redução do ciclo não só eleva a produtividade, mas também tem um impacto ambiental positivo. Cada dia a menos no ciclo de cria, recria e engorda dos animais significa uma redução na emissão de gases de efeito estufa.
É fundamental comunicar esses avanços para combater a narrativa negativa sobre a pecuária na Amazônia.
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Separando o joio do trigo: produção legal vs. ilegal
É preciso diferenciar o produtor rural que trabalha dentro da lei, seja ele pequeno, médio ou grande, dos especuladores e grileiros de terra que praticam desmatamento ilegal.
Esses elementos não pertencem ao setor agropecuário brasileiro e a lei de crimes ambientais deve ser aplicada com efetividade para coibir essas práticas.
A sustentabilidade na Amazônia vai além da questão ambiental. Ela engloba também o aspecto social. No Brasil, 83% dos 5,2 milhões de produtores são familiares, e quase 3 milhões vivem em situação de insegurança alimentar ou pobreza extrema. Na Amazônia, o cenário não é diferente.
Inclusão social e cooperativismo
Embora existam soluções e tecnologias, muitos pequenos produtores na Amazônia não têm acesso a assistência técnica, crédito rural ou regularização fundiária. Para mudar essa realidade, é crucial promover o cooperativismo.
A organização em cooperativas permite que esses produtores comprem insumos a custos melhores e comercializem sua produção de forma mais eficiente.
Cuidar das pessoas é uma demanda urgente e um pilar fundamental da produção responsável e sustentável na Amazônia.
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