O cruzamento industrial é uma ferramenta poderosa para melhorar o desempenho produtivo e a adaptação dos rebanhos em diferentes sistemas de produção. No caso do produtor Gustavo Machado, de Palmeira (PR), que vem utilizando touros Canchim sobre vacas Caracu e está satisfeito com os resultados, surge uma nova dúvida: o Sindi seria a melhor opção para inseminar as novilhas meio-sangue e reforçar a rusticidade dos bezerros? Assista ao vídeo abaixo e confira a resposta na íntegra.
Em resposta à pergunta enviada ao quadro “Giro do Boi Responde”, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial, destacou os principais pontos que devem ser considerados nessa escolha.
Canchim sobre Caracu: máximo aproveitamento da heterose
O uso do Canchim sobre o Caracu gera animais extremamente produtivos e adaptados ao clima tropical brasileiro. O Canchim, composto por 5/8 Charolês e 3/8 Zebu, traz excelente ganho de peso, precocidade e resistência ao calor.
Como o Caracu já é 100% tropical, essa combinação resulta em animais rústicos, bem adaptados e produtivos, com cerca de 70% de sangue tropical e apenas 31% de raças de clima frio.
“Esses animais apresentam pelo zero, ótimo desenvolvimento e grande peso final, tornando-se uma escolha interessante para sistemas de produção focados na terminação eficiente”, explica Zadra.
Inserção do Sindi: mais rusticidade e eficiência alimentar
A introdução do Sindi nesse cruzamento também traz benefícios significativos. Como um zebuíno de pequeno porte, extremamente adaptado ao calor, o Sindi complementa muito bem a genética do Caracu, resultando em 100% de heterose e adaptabilidade.
“O Caracu é um taurino tropical de grande porte, enquanto o Sindi é um zebuíno de menor porte. Essa combinação proporciona bois pesados e fêmeas altamente produtivas, além de garantir bezerros com grande eficiência alimentar e resistência a ambientes desafiadores”, destaca Zadra.
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Escolha do touro ideal: atenção às DEP’s
Independentemente da escolha genética, o especialista alerta para a importância da seleção criteriosa de touros.
“A variação entre indivíduos dentro de uma mesma raça pode ser maior do que entre raças diferentes, por isso é essencial analisar as DEP’s (Diferenças Esperadas na Progênie) e selecionar os touros que melhor atendam às necessidades do sistema de produção”, orienta.
Conclusão: qual a melhor estratégia?
Tanto a continuidade do cruzamento Canchim x Caracu quanto a introdução do Sindi são opções viáveis para reforçar a rusticidade, a produtividade e a adaptação do rebanho.
A escolha deve ser feita com base nos objetivos de produção, no manejo disponível e na estratégia genética de longo prazo da propriedade.
O importante é que ambas as opções garantem alto vigor híbrido e potencial produtivo, proporcionando animais eficientes e bem adaptados ao clima tropical. 🚜🐂
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