Em uma análise detalhada sobre o confinamento de bovinos, o doutor em zootecnia André Nagatani compartilhou insights valiosos para o pecuarista Fernando Barbosa, de Cristalina (GO), que busca orientação na seleção de animais para iniciar uma operação de confinamento. Assista ao vídeo abaixo e confira.
A dúvida central era se novilhas ou garrotes representam a melhor opção para maximizar a produção leiteira.
De acordo com a experiência do Confinamento Campanelli, Nagatani destaca que garrotes em uma dieta com 15% de volumoso e 85% de concentrado consomem aproximadamente 2,3% de seu peso corporal diariamente, resultando em ganhos significativos de peso, superiores a 1,5 kg diariamente, dependendo de fatores como grupo genético e maturidade.
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Para as fêmeas, a tendência é um consumo maior, de cerca de 2,40% a 2,45%, mas com ganhos de peso menores, devido ao início precoce da deposição de gordura.
Eficiência na produção de carcaça
A eficiência biológica, ou a conversão de matéria seca em carcaça, é crucial para entender a rentabilidade de cada sexo no confinamento.
Garrotes necessitam de cerca de 140 a 150 kg de matéria seca para produzir 15 kg de carcaça, enquanto as fêmeas requerem mais — cerca de 165 a 170 kg — indicando maior custo na produção de carne a partir de novilhas.
Considerações financeiras do rebanho
Nagatani salientou que o custo nutricional por arroba de carcaça é consideravelmente maior para fêmeas do que para garrotes.
Este aumento é atribuído ao ganho de peso diário inferior das novilhas e à demanda superior de matéria seca.
A análise econômica não apenas abrange o custo alimentar e operacional, mas também leva em consideração a possibilidade de atribuição de valor agregado às fêmeas, através de carnes premium, como um aspecto para viabilizar financeiramente a engorda de novilhas.
Rentabilidade e decisão estratégica
A operação com fêmeas se torna financeiramente atraente sob duas condições específicas: aquisição de animais com desconto substancial ou a venda da carne com prêmio por sua qualidade superior.
Por outro lado, a engorda de garrotes apresenta um cenário diretamente promissor, embora também exija análise do ágio pago pelos animais magros.
Nagatani conclui que a decisão entre confinar novilhas ou garrotes deve considerar cuidadosamente os custos de produção, os preços de compra e venda, e as estratégias de mercado para os produtos finais.
Com essas orientações, pecuaristas como Fernando Barbosa estarão mais preparados para otimizar sua nova estrutura de confinamento, visando a maximização dos retornos e a sustentabilidade do negócio.
