A dúvida sobre qual raça utilizar no cruzamento de vacas leiteiras para produzir bezerros mais pesados é comum entre pecuaristas que desejam agregar valor ao rebanho. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.
No quadro “Giro do Boi Responde”, o zootecnista Guilherme Marquez, especialista em genética de gado leiteiro, respondeu ao questionamento de Heron Rocha, produtor de Cataguases, Minas Gerais, sobre a melhor opção entre touros Nelore e Guzerá para suas vacas mestiças e holandesas.
Guzerá se destaca no cruzamento com vacas leiteiras
De acordo com Marquez, a escolha do touro deve levar em consideração tanto a produção de bezerros mais pesados quanto a possibilidade de manter as fêmeas para leite. Nesse cenário, a recomendação do especialista é clara: o Guzerá é a melhor opção.
A raça Guzerá possui uma aptidão leiteira natural e pode contribuir para manter a capacidade produtiva das vacas cruzadas.
Além disso, ao selecionar um touro com avaliação genética voltada para leite, é possível obter fêmeas que ainda terão potencial produtivo e machos mais pesados do que aqueles provenientes do cruzamento com Nelore.
Como garantir um bom desempenho no cruzamento?
Para obter os melhores resultados com o cruzamento Guzerá x Vacas Leiteiras, Marquez recomenda:
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- Escolher touros Guzerá com avaliação genética voltada para produção leiteira;
- Optar por reprodutores com boa conformação de carcaça, garantindo bezerros com mais peso;
- Realizar a mochação (retirada dos chifres) das fêmeas cruzadas para facilitar o manejo na ordenha;
- Aplicar um bom manejo nutricional para otimizar o crescimento dos bezerros.
Com esses cuidados, o pecuarista pode produzir bezerros mais pesados para o mercado de corte sem comprometer a funcionalidade das fêmeas para produção de leite.
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Nelore x Guzerá: qual a principal diferença no cruzamento?
O Nelore, apesar de ser amplamente utilizado na pecuária de corte, não possui aptidão leiteira e pode impactar negativamente na produção das fêmeas cruzadas.
Já o Guzerá, quando bem selecionado, garante bezerros mais pesados e fêmeas aptas à produção de leite, tornando-se a escolha mais vantajosa para sistemas que visam a dupla aptidão.
A decisão final deve levar em conta os objetivos da fazenda e a qualidade genética do touro disponível. Com uma escolha bem planejada, o produtor pode maximizar os ganhos tanto na produção de carne quanto na de leite.
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