Muito além do gado: cerca elétrica é aliada na ILP, proteção de reservas e lavouras

A cerca elétrica vai muito além de simplesmente cercar o gado. No quarto episódio da série especial “Mitos & Verdades: Cerca Elétrica”, exibida no programa Giro do Boi, o médico-veterinário Ernesto Coser, um dos maiores estudiosos da ferramenta no Brasil, destacou como o uso eficiente da cerca elétrica se tornou uma solução estratégica para diversos sistemas de produção, como a ILP (Integração Lavoura-Pecuária), a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) e a proteção ambiental. Assista ao vídeo e confira.

De acordo com Coser, ao dominar a tecnologia, o produtor tem liberdade para intensificar o pastejo, proteger APPs e florestas, e ainda cercar lavouras contra ataques de javalis e outros animais selvagens. A ferramenta também evita o subaproveitamento de áreas em implantação de florestas:

“Já vi fazenda perder um ano inteiro de pastagem esperando a muda crescer. Com a cerca elétrica, é possível usar a área desde o primeiro dia”, afirma o especialista.

A tecnologia também é essencial na uniformização do pasto antes do plantio direto, garantindo melhor palhada e controle de altura do resíduo vegetal, o que reduz o custo de dessecagem e aumenta a eficiência da integração com a lavoura.

Eficiência, sustentabilidade e baixo custo

Ernesto Coser explica que a função básica da cerca elétrica é comandar o pastejo — e não ser apenas uma versão mais barata da cerca convencional.

Ao permitir o uso de menos postes (a cada 30 ou até 50 metros), o sistema se torna mais leve, sustentável e econômico.

Além disso, o especialista destaca usos modernos, como rotacionado, pastejo em faixas e consumo autônomo de silagem, além de sistemas robotizados de condução de rebanhos que já existem em alguns países.