SAFRINHA DE GRÃOS

Milho e sorgo: entenda as estratégias para não faltar comida para o gado na seca

Especialista revela como híbridos adaptados e manejo correto podem garantir alimentação abundante e de qualidade mesmo em períodos críticos. Assista ao vídeo

Milho e sorgo: entenda as estratégias para não faltar comida para o gado na seca
Milho e sorgo: entenda as estratégias para não faltar comida para o gado na seca

Todo pecuarista sabe o drama que é enfrentar a seca sem comida suficiente para o gado. A dupla para resolver isso reúne dois grãos poderosos: o milho e o sorgo. Nas duas lavouras existem estratégias eficientes para garantir alimento farto e nutritivo mesmo nos períodos mais desafiadores. Assista ao vídeo e confira os detalhes.

Em entrevista exclusiva ao Giro do Boi, nesta terça-feira (11), o engenheiro agrônomo André Figueiredo, mestre em Genética e Melhoramento de Plantas e diretor de desenvolvimento da Supra Sementes, explicou como milho e sorgo, aliados ao uso correto da tecnologia e boas práticas agrícolas, podem ser a salvação do rebanho na época seca.

Híbridos de milho e sorgo garantem produtividade em climas adversos

Híbrido de milho. Foto: Divulgação
Híbrido de milho. Foto: Divulgação

De acordo com Figueiredo, diante das mudanças climáticas, com períodos cada vez mais intensos de calor e seca, o uso de sementes híbridas de milho e sorgo faz toda a diferença.

“O milho híbrido apresenta vigor genético superior, entregando maior resistência às intempéries e proporcionando maior produção de matéria seca por hectare, essencial para a alimentação do gado”, explicou o especialista.

Além disso, o sorgo vem se destacando como uma alternativa cada vez mais viável, especialmente para regiões com restrições hídricas mais severas.

“O sorgo é naturalmente mais tolerante ao estresse hídrico do que o milho, por sua origem genética africana, apresentando ótimo desempenho produtivo mesmo em condições mais adversas”, detalhou André.

Manejo correto do solo é indispensável

Distribuição de calcário no solo. Foto: Divulgação
Distribuição de calcário no solo. Foto: Divulgação

Um fator crucial ressaltado pelo especialista é o manejo adequado do solo. Segundo ele, uma análise prévia e a correção adequada são essenciais para maximizar a produtividade das lavouras.

“A correção do solo, principalmente com calcário, garante raízes mais profundas e fortes, permitindo que as plantas resistam melhor aos períodos de estresse hídrico e térmico”, afirmou.

Além disso, práticas como integração lavoura-pecuária e plantio direto ajudam a manter a estrutura do solo saudável, contribuindo diretamente para a qualidade e produtividade das culturas.

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Potencial produtivo em alta

Máquina colhendo milho. Foto: Divulgação
Máquina colhendo milho. Foto: Divulgação

Apesar de atrasos pontuais no plantio da safrinha em alguns Estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul, André Figueiredo é otimista quanto à safra atual.

Segundo ele, a expectativa para a segunda safra de milho em 2025 é muito positiva, podendo alcançar até 105 milhões de toneladas, o que contribuirá para a oferta adequada e preços mais acessíveis do grão, essencial para a nutrição animal.

Para o especialista, investir em sementes adaptadas, manejo de solo e práticas sustentáveis são os caminhos para que o pecuarista não fique à mercê do clima e mantenha a produtividade do rebanho mesmo nas épocas mais difíceis.

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