Maragogipe: saiba como fazenda referência praticamente zerou suas perdas de bezerros

Se existe um lugar onde cada bezerro realmente importa, esse lugar é a Fazenda Maragogipe. Localizada entre as referências da pecuária de cria no Brasil, a propriedade alcançou marcas que impressionam: quase zero de perdas na fase de cria e altos índices reprodutivos, com taxa de prenhez que chega a 75% no primeiro protocolo de IATF. Assista ao vídeo abaixo e confira esta história.

No episódio final da série especial Cada Bezerro Importa, exibida no programa Giro do Boi, Lucas Marques, diretor de operações da Agropecuária Maragogipe, e Márcio de Melo, o Marquito, encarregado de pecuária, revelaram como a fazenda transformou dedicação e técnica em eficiência e lucratividade.

Cada bezerro vale ouro na Maragogipe

Na Maragogipe, cada nascimento é tratado como um ativo valioso. A atenção começa já na maternidade: bezerros passam por protocolos sanitários rigorosos logo nas primeiras horas de vida, com cura de umbigo, vermifugação, aplicação de preventivo contra clostridioses e identificação com tatuagem.

“A seleção começa cedo e o cuidado também”, destaca Marquito. “O protocolo é seguido à risca, tanto para o gado de melhoramento genético quanto para o cruzamento industrial. A diferença é que os bezerros cruzados já recebem creep feeding e vacinas específicas como a de pneumonia e albendazol antes da desmama”.

Pasto, nutrição e escore corporal

Outro diferencial é o cuidado com a nutrição e o dimensionamento dos lotes. As fêmeas são mantidas com forragem de qualidade e suplemento mineral, garantindo escore corporal adequado tanto no momento do parto quanto durante a amamentação. O reflexo direto disso é o alto índice de fertilidade.

“Essas bezerras que estão no pé da vaca hoje, já serão matrizes do futuro”, explica Lucas. “Em 2026, estarão parindo como superprecoces, com 25 meses de idade. E tudo isso só é possível com um manejo que começa no dia do nascimento”.

Rebanho jovem, genética forte

A reposição de matrizes também segue um plano estratégico. Bezerras nascidas hoje entram no núcleo de superprecoces amanhã, impulsionando o avanço genético e reduzindo a idade média do rebanho.

“Esse trabalho empurra para fora os animais mais antigos. A pressão de seleção é constante, e o resultado é um gado cada vez mais produtivo e adaptado”, afirma Marquito.