Quem lida com pecuária em Mato Grosso do Sul sabe: os desafios nos pastos vão além do manejo do gado. O problema é a invasão da planta daninha malícia e um ataque fulminante de lagartas em uma área recém-formada de capim Massai. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações na íntegra.
Foi o que relatou Oscar Luis Fernandes, conhecido como “Boy”, produtor experiente da região de Coxim, que enviou sua pergunta ao quadro Giro do Boi Responde. Ele está enfrentando estes dois problemas graves com a malícia e com o ataque de lagartas.
A resposta veio de Edmar Peluso, zootecnista e mestre em forragicultura, que apontou os riscos e as soluções práticas para lidar com essas ameaças que devastam as pastagens se não forem controladas a tempo.
Malícia toma conta dos pastos e afasta o gado
Segundo Peluso, a malícia é uma planta invasora espinhosa, que se alastra rapidamente e impede o acesso do gado ao pasto nativo. Mesmo quando ainda há forragem no meio da infestação, o rebanho evita a área, e isso acelera a degradação da pastagem.
A solução é direta: uso de herbicidas específicos para folhas largas, aplicados no momento certo.
“Ela não é difícil de combater, mas tem que ser feito. Se não agir, ela domina e mata o pasto que está embaixo”, alertou Peluso.
A dica é fazer manutenção frequente, especialmente após períodos de seca severa, que favorecem o surgimento dessas invasoras.
Lagartas devoram o capim em poucos dias
O segundo desafio enfrentado por Oscar foi ainda mais imediato: em questão de dias, as lagartas destruíram um piquete inteiro de capim Massai. Esse tipo de ataque é comum na fase inicial de rebrota, quando o capim está vulnerável após o período seco.
O segredo, segundo Peluso, está na atenção aos primeiros sinais.
“Quando a folha começa a ficar esbranquiçada e raspada, já é sinal de que as lagartas estão ali. É nessa hora que se deve agir”, explicou.
O ideal é monitorar de perto e aplicar o controle — seja com inseticidas biológicos ou químicos, ou até a combinação dos dois, dependendo do estágio da infestação.
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Monitoramento e ação rápida são indispensáveis
Deixar para depois o controle de lagartas pode levar à perda total da forragem, especialmente em áreas antigas e mais sensíveis.
Por isso, Peluso reforça: é preciso descer do cavalo, olhar de perto e agir no momento certo. O uso de defensivos adequados evita que o produtor perca todo o investimento feito na formação de pasto novo ou na recuperação das áreas degradadas.
Problemas comuns, soluções possíveis
A daninha malícia e as lagartas são velhas conhecidas de quem cria gado em regiões tropicais, mas não podem ser tratadas como normais.
Com monitoramento constante, uso de herbicidas seletivos e manejo integrado de pragas, é possível manter a pastagem vigorosa e produtiva o ano inteiro.
“Esses problemas são comuns, mas dá para resolver sim. Basta cuidar direitinho, aplicar na hora certa e não deixar o problema virar uma bola de neve”, concluiu Edmar Peluso.
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