
Mudar da cidade para o campo é um sonho de muitos brasileiros. Foi exatamente o que fez Jânio Félix, produtor rural que acaba de adquirir uma propriedade de 18 hectares em Flexeiras, Alagoas. Assista ao vídeo e saiba como dar este pontapé inicial.
Ele planeja investir na raça Jersey em Alagoas e perguntou ao especialista em genética de gado de leite Guilherme Marquez sobre suas chances de sucesso com 25 vacas e um touro Jersey.
No quadro “Giro do Boi Responde”, exibido nesta quinta-feira (10), Guilherme Marquez afirmou que Jânio tem tudo para alcançar bons resultados com a raça Jersey, mas fez algumas observações importantes para garantir sucesso na produção leiteira.
Jersey em Alagoas: conforto e manejo correto são essenciais
Segundo Marquez, a raça Jersey tem características muito favoráveis para pequenas propriedades.
Além do porte reduzido, a vaca Jersey produz leite de alta qualidade, com elevados teores de gordura e proteína. Porém, o especialista ressaltou a importância do manejo correto:
“As vacas são como bailarinas. Qualquer alteração do clima ou da dieta pode afetar diretamente a produção e a reprodução dos animais”, alertou.
Por isso, é fundamental que Jânio ofereça às vacas condições adequadas de conforto, especialmente devido ao clima quente de Alagoas.
Inseminação artificial: mais qualidade e eficiência
Outro ponto fundamental destacado pelo especialista foi sobre o uso de touros. Marquez não recomendou a compra de um touro para uma propriedade pequena. Em vez disso, sugeriu fortemente que Jânio aposte na inseminação artificial:
“Como a propriedade é pequena, tudo o que for produzido deve ter muita qualidade. Com a inseminação artificial, é possível fazer acasalamentos individualizados e produzir animais geneticamente superiores, aumentando a eficiência e a qualidade da produção”, explicou Marquez.
Nutrição equilibrada para melhores resultados
Guilherme Marquez também reforçou que, para ter sucesso com Jersey em Alagoas, é necessário um planejamento nutricional cuidadoso, aproveitando ao máximo os recursos locais, como cana, bananeira, milho, palha de milho e farelo de soja.
“É importante avaliar cuidadosamente a qualidade e quantidade da forragem oferecida, além de realizar um balanceamento adequado da dieta, complementando ou suplementando conforme as necessidades das vacas Jersey em cada fase produtiva”, detalhou o zootecnista.
A recomendação do especialista é contratar assistência técnica local para assegurar que a nutrição dos animais esteja sempre adequada às suas necessidades produtivas.
Verticalização da produção: agregar valor é essencial
Por fim, Marquez aconselhou Jânio a considerar uma estratégia de verticalização da produção, transformando o leite em produtos de maior valor agregado, como manteiga e queijos artesanais.
Esse modelo de negócio pode garantir melhor rentabilidade e sustentabilidade financeira para a propriedade.
“Você como pequeno produtor consegue obter liberação para vender produtos finais de qualidade, agregando valor ao seu leite Jersey. Isso aumentará muito sua lucratividade”, orientou.
Com essas recomendações, Guilherme Marquez assegurou que Jânio Félix, assim como qualquer outro, pode alcançar grande sucesso na produção de leite Jersey em sua nova propriedade em Alagoas, garantindo qualidade, eficiência e sustentabilidade.
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