Após reformar uma área de pastagem, muitos pecuaristas enfrentam o crescimento indesejado de plantas invasoras, como fedegoso e guanxuma. Esse é o caso de Ivo Sanches, produtor rural de Jateí (MS), que procurou ajuda no quadro “Giro do Boi Responde”, do programa Giro do Boi desta segunda-feira (3). Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações na íntegra.
Para esclarecer a questão, o zootecnista e mestre em pastagem Edmar Peluso, da consultoria Gerente de Pasto, explicou as causas do problema e as melhores estratégias de manejo para eliminá-las.
Por que as invasoras surgem após a reforma do pasto?
A presença de plantas daninhas após a reforma é comum e ocorre principalmente pela exposição do banco de sementes do solo. Isso acontece porque:
✔ Revolvimento do solo: ao preparar o terreno, as sementes dessas plantas que estavam adormecidas ganham condições ideais para germinar.
✔ Implantação inadequada da pastagem: se o capim demora a crescer, as invasoras encontram espaço e luz para se desenvolverem rapidamente.
✔ Deficiência na adubação: falta de fósforo solúvel pode retardar o crescimento da forrageira, favorecendo as ervas daninhas.
✔ Uso incorreto de sementes: sementes incrustadas podem prejudicar a germinação e reduzir a densidade da pastagem.
Como evitar o surgimento dessas invasoras?
Para garantir que a pastagem se estabeleça de forma eficiente e minimize o surgimento de fedegoso e guanxuma, Peluso recomenda:
🌱 Usar calcário e fósforo solúvel para corrigir o solo e estimular o rápido enraizamento da gramínea.
🌱 Aumentar em 30% a 40% a quantidade de sementes por hectare para garantir melhor cobertura do solo.
🌱 Evitar o uso de sementes incrustadas, pois podem prejudicar a germinação.
🌱 Incorporar a semente ao solo corretamente, sem enterrá-la em profundidade excessiva.
🌱 Garantir um primeiro pastejo adequado para estimular o perfilhamento do capim e suprimir o avanço das invasoras.
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Como eliminar fedegoso e guanxuma do pasto reformado?
Se mesmo com o manejo adequado as invasoras persistirem, o especialista sugere a aplicação de herbicidas seletivos para folhas largas.
O ideal é fazer o controle entre 30 e 40 dias após a emergência das plantas, sempre tomando cuidado com a dosagem para não afetar o capim.
Após a aplicação do herbicida, é essencial manter um pastejo controlado, ajustando a lotação e o tempo de permanência dos animais no pasto. Dessa forma, o capim ganha força e impede novas infestações de plantas daninhas.
Manejo correto desde a reforma da área
Para um pasto saudável e produtivo, a chave está no manejo correto desde a reforma da área. O uso estratégico de insumos, a escolha certa das sementes e o acompanhamento do crescimento da forrageira são essenciais para evitar problemas com invasoras como fedegoso e guanxuma.
Caso surjam, a aplicação criteriosa de herbicidas e um pastejo bem manejado são as melhores soluções para garantir um pasto limpo e produtivo.
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