Uma planta invasora está tomando conta dos pastos da Estância JJ, em Santo Afonso (MT), e tem preocupado o pecuarista Rubens Silva, que recorreu ao quadro Giro do Boi Responde nesta quarta-feira (14) em busca de orientação. Assista ao vídeo abaixo e confira.
A dúvida foi enviada com foto da planta que apareceu em várias áreas da fazenda e está comprometendo a produtividade do capim.
A resposta veio do engenheiro agrônomo Március Gracco, da Intensifique Consultoria Agropecuária, um dos especialistas mais atuantes em manejo de pastagens no Brasil.
Ele identificou a planta como o capim custódio, uma gramínea típica de lavouras e beiras de estrada que, com a aproximação entre agricultura e pecuária, vem invadindo também os pastos em Estados como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A origem do problema está no solo e no manejo
Segundo Gracco, o capim custódio é favorecido por solos ácidos e mal manejados. Por isso, ele alerta que o problema vai além do surgimento da planta:
“Ela aparece onde o solo está pobre e o pasto mal manejado. Então, além de aplicar herbicida, é preciso melhorar a fertilidade e o manejo”, explicou.
A recomendação inicial é usar herbicidas sistêmicos que têm boa eficiência contra essa invasora.
No entanto, ele reforça que só o controle químico não resolve: no ano seguinte, o problema pode voltar por causa do banco de sementes no solo.
O caminho é o controle integrado da invasora
A dica do especialista é adotar o que ele chama de controle integrado, que une o uso de herbicidas com ações de manejo e correção do solo, como:
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Essa estratégia fortalece o capim desejado e reduz o espaço para que o capim custódio se espalhe novamente.
Agricultura e pecuária lado a lado: desafios e soluções
Com a aproximação entre lavouras e áreas de pecuária, surgem benefícios e também desafios, como o aumento de pragas e invasoras.
Március lembra que a presença do capim custódio é reflexo desse novo cenário, exigindo do produtor rural mais atenção ao solo, ao manejo e ao planejamento da propriedade como um todo.
Diagnóstico e ação rápida evitam prejuízo no pasto
Por fim, o especialista reforça que identificar rapidamente a planta e agir com técnica é o melhor caminho para evitar perdas no desempenho do rebanho.
“Se não controlar agora, no próximo ano o problema volta ainda pior. Tem que tratar o solo e dar condições para o capim ‘fechar’ o pasto”, concluiu Március Gracco.
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