
Na Agropecuária Maragogipe, localizada em Itaquiraí (MS), a integração lavoura-pecuária (ILP) é realidade muito antes de virar tendência no Brasil. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história completa.
Por lá, carne e grãos caminham juntos, com sistemas que aumentam a produtividade, reduzem custos e oferecem mais sustentabilidade à produção.
Quem conta essa história é Lucas Marques, diretor de Operações Agropecuárias da fazenda, no episódio especial de “A Saga Maragogipe” no programa Giro do Boi.
Marques apresentou os trabalhos na fazenda juntamente com o supervisor agrícola Emanoel Araújo e Matheus Prato, gerente de pecuária da Maragogipe.
Milho com capim, silagem e recria no mesmo sistema

A ILP da Maragogipe é estruturada com três objetivos principais:
- Produção de volumoso, com milho consorciado ao capim (geralmente piatã);
- Formação de pastagem para pastejo direto;
- Produção exclusiva de capim para corte e ensilagem, destinado ao confinamento.
O resultado? Até 25 toneladas de matéria verde por hectare, segundo o supervisor agrícola Emanoel, com excelente vigor e teor de matéria seca acima de 16%.
A propriedade ainda conta com áreas irrigadas de milho consorciado com capim, que viabilizam até uma terceira safra, caso as condições climáticas favoreçam.
Manejo preciso e recria intensiva a pasto

A fazenda também se destaca pela recria intensiva a pasto, aproveitando áreas pós-soja e silagem. Após o descanso inicial, os animais passam por protocolo sanitário, rastreabilidade individual e distribuição por peso, para que cada lote seja alocado em pastos adequados.
Com suplementação de até 2% do peso vivo, o ganho médio diário pode ultrapassar 1 kg/dia, com destaque para qualidade da água, estrutura de bebedouros e manejo de entrada nos piquetes.
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Perfil de solo: segredo da alta produtividade

Outro diferencial é o investimento contínuo em perfil de solo profundo (0-40 cm). São áreas que recebem de 12 a 16 toneladas de calcário por hectare, promovendo maior desenvolvimento radicular e absorção de nutrientes pelas culturas.
Isso garante aumento de até 45% na produtividade, mesmo em solo mais arenoso e sujeito a veranicos, como é o caso do sul de Mato Grosso do Sul.
Segundo Marques, o planejamento foi feito de forma progressiva:
“Começamos com 20% da área em perfil, hoje já são 40% e seguimos ampliando. O retorno compensa cada centavo investido”.
Sustentabilidade e eficiência a campo

A integração na Maragogipe vai além da produtividade: ela protege o solo, melhora o uso da água com sistemas de irrigação, reduz erosões e dá mais flexibilidade ao sistema de produção, alternando entre pasto, corte e silagem conforme a necessidade.
Tudo isso com monitoramento técnico, manejo ajustado e foco em resultado.
A ILP, para eles, não é só um modelo — é uma cultura. E como resume Lucas Marques:
“Aqui, a integração lavoura-pecuária acontece porque faz sentido agronômico e econômico. E dá resultado no prato e no bolso.”
Clique aqui e confira outras histórias espetaculares da série “A Saga Maragogipe” e inspire-se com bons exemplos da produção agropecuária brasileira.
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