LEGUMINOSA NO PASTO

Guandu BRS Mandarim é solução dupla para recuperar pastagens degradadas

A pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira apresenta os resultados do sucesso do Guandu BRS Mandarim e demais variedades. Assista ao vídeo

Guandu BRS Mandarim é solução dupla para recuperar pastagens degradadas
Guandu BRS Mandarim é solução dupla para recuperar pastagens degradadas

O Guandu BRS Mandarim oferece uma solução inovadora e sustentável para a pecuária, atuando como adubo verde e forragem proteica na seca, e impulsionando a recuperação de pastagens degradadas com ganhos de produtividade e rentabilidade. Quer transformar suas pastagens degradadas e aumentar a lucratividade da sua fazenda? Assista à entrevista abaixo e descubra os segredos do Guandu BRS Mandarim!

Pecuaristas, a recuperação de pastagens degradadas é um dos maiores desafios do nosso setor, afetando a produtividade, a sustentabilidade e a renda.

A boa notícia é que a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), tem uma tecnologia inovadora e viável: a consorciação de capins tropicais com o feijão-guandu, especialmente a cultivar Guandu BRS Mandarim. Essa leguminosa se destaca por seu duplo propósito, oferecendo uma solução completa.

Nesta quarta-feira, 23 de julho, o programa Giro do Boi entrevistou a pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira, que tem acompanhado de perto o sucesso do Mandarim nas fazendas.

Ela detalhou como essa tecnologia dispensa o uso de herbicidas, adota manejo simples e eleva o desempenho animal.

Duplo propósito: forragem proteica e adubação verde

Utilização de feijão-guandu BRS Mandarim para fins de pastagem. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Utilização de feijão-guandu BRS Mandarim para fins de pastagem. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

O Guandu BRS Mandarim atua de duas formas essenciais para a pecuária:

  • Forragem proteica na seca: No período seco, quando a oferta de pasto diminui, o guandu serve como uma excelente fonte de proteína para o pastejo dos animais. Com teores entre 18% e 20% de proteína bruta, ele pode substituir suplementos industriais, reduzindo custos.
  • Adubo verde para o solo: Após o pastejo na seca e o florescimento natural, a leguminosa é roçada. O material restante atua como adubo, fornecendo até 200 kg/ha de nitrogênio ao sistema, melhorando a fertilidade do solo sem a necessidade de adubação nitrogenada.

Essa abordagem não só aumenta o ganho de peso dos animais e reduz o tempo de abate, mas também eleva o ganho de peso por hectare em comparação a pastagens solteiras.

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Eficiência comprovada e implantação acessível

Utilização de feijão-guandu BRS Mandarim para fins de pastagem. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste
Utilização de feijão-guandu BRS Mandarim para fins de pastagem. Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária Sudeste

A Embrapa tem estudos que comprovam a eficiência da consorciação com guandu em áreas degradadas. Novilhas Nelore em pastagens de braquiária consorciada com guandu apresentaram melhor desempenho individual e maior lotação, além de menor tempo até o abate.

Em um experimento comparando três sistemas de manejo, animais em pastos com guandu tiveram um ganho médio diário de 0,376 kg na seca, superando aqueles que receberam suplementação (0,298 kg) ou nenhum reforço (0,138 kg).

A implantação do guandu é acessível e simples:

  • Começa com análise de solo e calagem.
  • O plantio direto do guandu deve ser feito no início da estação chuvosa, preferencialmente até a primeira quinzena de janeiro.
  • A semente deve ser inoculada com Bradyrhizobium sp (Cajanus).
  • O espaçamento ideal é de 70 a 80 cm entre linhas, com densidade de 62,5 a 75 mil plantas por hectare.
  • O sucesso da implantação depende de uma semeadura correta e do controle de formigas.

A pastagem já mostra sinais de recuperação em cerca de 30 dias, e o primeiro pastejo pode ocorrer entre 65 e 80 dias após a semeadura.

A palatabilidade do guandu aumenta na fase reprodutiva, fazendo com que os animais consumam preferencialmente o capim nas águas e o guandu na seca, favorecendo o equilíbrio das espécies no consórcio.

Persistência, sustentabilidade e economia de insumos

Flor de feijão-guandu BRS Mandarim, utilizado como pastagem em campo experimental da Embrapa Pecuária Sudeste em São Carlos (SP). Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária
Flor de feijão-guandu BRS Mandarim, utilizado como pastagem em campo experimental da Embrapa Pecuária Sudeste em São Carlos (SP). Foto: Juliana Sussai/Embrapa Pecuária

A persistência do guandu no sistema pode durar até três anos. Duas roçadas anuais (uma a cada início de estação chuvosa) funcionam como adubação verde e renovação do ciclo.

Ao final do terceiro ano, uma nova sobressemeadura é recomendada para manter o estande acima das 40 mil plantas/ha e garantir a eficácia da técnica.

Essa estratégia está alinhada ao Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), contribuindo para a sustentabilidade e a economia de insumos, já que a adubação nitrogenada se torna dispensável.

Sementes de feijão guandu BRS Mandarim. Foto: Ana Maria Dantas de Maio/Embrapa Pantanal
Sementes de feijão guandu BRS Mandarim. Foto: Ana Maria Dantas de Maio/Embrapa Pantanal

O Guandu BRS Mandarim é uma solução eficiente, de baixo custo e alto retorno para pecuaristas que enfrentam a degradação de pastagens. Ele permite elevar a produtividade da pecuária sem expandir áreas, respondendo aos desafios climáticos, econômicos e ambientais da atividade.

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