Tiago Felipini, zootecnista e especialista em nutrição animal, respondeu a Isaac Álvaro da Silva, de Serrinha, na Bahia, sobre a viabilidade do farelo de trigo na alimentação bovina. Assista ao vídeo abaixo e confira a resposta detalhada.
Segundo Felipini, o farelo de trigo é uma opção segura e pode ser benéfica para os animais, desde que seu custo seja vantajoso comparativamente ao milho.
Substituição econômica e proteína degradável
Isaac, o farelo de trigo pode substituir até 50% do milho na dieta dos animais sem prejuízos no desempenho, favorecendo a economia da produção quando seu preço for mais atrativo.
Essa substituição tem potencial para manter o ganho de peso esperado do rebanho.
Benefício na digestão de fibras
Felipini destacou uma propriedade nutricional interessante: boa parte da proteína do farelo de trigo é degradada no rúmen, o que facilita a digestão de forrageiras de menor qualidade.
Para animais alimentando-se com capim seco ou forragens de baixa digestibilidade, o farelo pode melhorar a eficiência alimentar, sendo, portanto, um componente benéfico na dieta.
A importância da gestão de cocho
A adequação dos níveis de farelo de trigo na alimentação do gado requer uma monitorização cuidadosa dos cochos para evitar desperdícios e assegurar o suprimento contínuo.
Felipini enfatizou a necessidade de ajustar a quantidade oferecida para que o alimento não seja nem excedente nem insuficiente, maximizando a conversão da dieta em ganho de peso animal.
É essencial que o produtor, como o Isaac Álvaro, avalie os custos e os benefícios, assim como as condições específicas do seu rebanho e disponibilidade de ingredientes, ao considerar a introdução do farelo de trigo na ração. Em resumo, este subproduto pode ser uma alternativa inteligente e econômica no manejo nutricional da pecuária.