Com a chegada do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias bovinas (DRBs) em confinamentos e pastagens de todo o Brasil. Assista ao vídeo abaixo e conheça mais sobre este complexo de doenças.
Em entrevista ao Giro do Boi, o médico-veterinário Mateus Freitas de Souza, coordenador técnico da Boehringer Ingelheim, alertou para os riscos da queda de temperatura, oscilação térmica, poeira e manejo inadequado, que derrubam a imunidade dos animais e abrem espaço para problemas graves de saúde.
“As DRBs não escolhem idade, raça ou sexo. Afetam todo o rebanho, especialmente animais jovens em confinamento, que estão em fase de adaptação alimentar e imunológica”, explicou.
O frio intenso registrado em estados como Minas Gerais e São Paulo tem intensificado os casos, com sintomas que vão de tosse e secreções até dificuldade respiratória e perda de desempenho.
Complexo de agentes e muitos gatilhos no manejo
As DRBs não são causadas por um único agente. Trata-se de um complexo respiratório que envolve vírus (como IBR e parainfluenza) e bactérias oportunistas que se aproveitam da baixa imunidade.
Situações como transporte, desmama, mistura de lotes e mudanças bruscas de temperatura são os principais gatilhos.
“No confinamento, o risco é ainda maior: animais aglomerados, poeira, estresse de viagem e mudanças na dieta criam o ambiente ideal para a propagação da doença”, reforçou o especialista.
O quadro se agrava quando não há monitoramento constante e intervenção rápida aos primeiros sinais clínicos, como batimento de flanco e padrão respiratório alterado.
Equipe treinada e produtos eficazes fazem toda a diferença
Segundo Mateus, a primeira linha de defesa é o olho do colaborador, ou seja, uma equipe de curral bem treinada que reconhece sinais precoces das DRBs.
“Tratar no início aumenta muito as chances de recuperação. Esperar para intervir só agrava o problema”, afirmou.
Nesse contexto, o uso do Metacam 2%, anti-inflamatório de dose única e ação prolongada por até 72 horas, tem se mostrado um grande aliado.
O produto atua reduzindo a inflamação pulmonar, melhorando o bem-estar animal e evitando quedas no desempenho zootécnico. Além disso, minimiza o manejo e o estresse, pontos críticos em animais já debilitados.
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Prevenção também no pasto e atenção especial aos garrotes
Apesar do foco nos confinamentos, os pastos também não estão livres das DRBs. Em períodos secos com muita poeira e mudanças climáticas bruscas, os surtos respiratórios aparecem, principalmente em animais submetidos a manejo intenso, como desmama e transporte.
As categorias mais afetadas são os garrotes e novilhas, que ainda estão desenvolvendo sua imunidade.
Por isso, precisam de acompanhamento de perto, boa nutrição e protocolos sanitários bem definidos, com o suporte de técnicos especializados.
Cuidar da respiração é cuidar do bolso do pecuarista
“Quem cuida da respiração do boi, cuida do bolso”, resumiu o veterinário.
Em um momento em que as margens de lucro em confinamento superam 10%, segundo Cepea e Ponta Agro, não há espaço para descuidos sanitários.
A orientação final é simples: olho vivo no lote, equipe treinada, protocolos preventivos e produtos eficazes.
“Seja na entrada do confinamento ou no pasto, agir rápido é o que garante saúde, bem-estar e rentabilidade”, finalizou Mateus.
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