A cerca elétrica está ganhando cada vez mais espaço entre os pecuaristas brasileiros, sendo uma tecnologia acessível, eficiente e fundamental para otimizar o manejo do rebanho e a utilização das pastagens. Assista ao vídeo abaixo e confira as vantagens desta tecnologia.
Segundo o médico-veterinário Ernesto Coser Netto, gerente de produtos da Datamars Tru-Test e especialista no assunto, o uso correto da cerca elétrica pode transformar o pastejo, elevando a produtividade por hectare e minimizando a degradação das áreas de pastagem.
Eficiência no manejo e no pastejo
De acordo com Coser Netto, muitos produtores já sabem preparar o solo, escolher a forrageira adequada e manejar as alturas de entrada e saída do pasto. Porém, o domínio da cerca elétrica ainda é uma lacuna.
“Com piquetes menores e períodos curtos de ocupação, é possível controlar o pastejo com eficiência. O resultado é maior ganho individual e por área, além de evitar a degradação do pasto”, explica o especialista.
Além disso, o manejo rotacionado permite respeitar o tempo de recuperação das plantas, garantindo pastagens perenes e produtivas.
A tecnologia das cercas elétricas possibilita a criação de cercas fixas e móveis, conferindo maior flexibilidade ao produtor e reduzindo os custos com a implementação.
Custo reduzido e durabilidade elevada
Um dos grandes atrativos da cerca elétrica é o custo-benefício. Enquanto uma cerca convencional pode custar em torno de R$ 15 mil por quilômetro, a cerca elétrica, em média, custa R$ 3 mil por quilômetro.
Outro benefício destacado é a durabilidade, já que o bom choque evita que os animais forcem a estrutura, prolongando sua vida útil.
“Se bem instalada, a cerca elétrica pode durar mais que uma convencional e reduzir os custos de manutenção. Além disso, pode ser móvel, permitindo uma construção rápida e adaptável às necessidades do rebanho”, orienta Coser Netto.
Tecnologia essencial para a pecuária de precisão
Coser Netto reforça que o domínio da tecnologia é essencial para o sucesso. O sistema de cercas elétricas deve ser bem dimensionado, com voltagem adequada e aterramento eficiente.
“Com um bom choque, o animal respeita a cerca, sem riscos à saúde. É preciso entender as variáveis envolvidas para configurar o sistema corretamente”, explica.
A implementação de cercas elétricas também permite uma maior divisão das pastagens, otimizando o pastejo e distribuindo melhor os resíduos orgânicos, o que reduz a necessidade de insumos externos.
Fazendas que utilizam essa tecnologia têm alcançado ganhos expressivos em GMD e produtividade por hectare, destacando-se como exemplos de pecuária de precisão no Brasil.
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