Responder à crescente demanda por alternativas alimentares sustentáveis leva muitos produtores a considerarem subprodutos agrícolas. No quadro “Giro do Boi Responde”, Tiago Felipini, zootecnista e consultor da Alcance Planejamento Rural, analisou a viabilidade do uso de casca de café na ração de gado de corte, respondendo a uma dúvida do produtor David Marchetti, de Socorro, SP. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
Felipini destaca que a casca de café pode substituir até 50% do concentrado energético tradicionalmente utilizado na ração, como milho ou farelo de soja. No entanto, ele alerta que o limite máximo de casca de café pura não deve ultrapassar 3 kg por animal adulto por dia.
A recomendação é que a ração total, incluindo a casca de café, não exceda 7 kg por cabeça diariamente, especialmente para animais de grande porte, como vacas da raça Girolando de 500 kg.
Vantagens econômicas e nutricionais da casca de café
A utilização de subprodutos na dieta de ruminantes é vista por Felipini como um método excepcional, que não só promove a sustentabilidade, mas também aumenta a rentabilidade. “Transformar um passivo da indústria do café em uma fonte de energia para o gado é vantajoso, pois se converte em produção de leite e carne.” Tiago Felipini
Essa prática não só ajuda a reduzir custos com ração, mas também dá um destino útil a resíduos que poderiam ser descartados.
Considerações finais
Tiago Felipini reafirma que a implementação de subprodutos como a casca de café deve ser feita com atenção às dosagens recomendadas para evitar impactos negativos na saúde dos animais.
Ele incentiva os produtores a continuarem explorando alternativas alimentares que possam otimizar os recursos disponíveis nas fazendas, garantindo eficiência econômica sem comprometer a nutrição do rebanho.
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