As forrageiras BRS Capiaçu e Kurumi surgem como alternativas estratégicas para o pasto seco em sua fazenda, garantindo segurança alimentar, alta produtividade e redução de custos na alimentação do gado. Assista ao vídeo.
Pecuaristas, o desafio das mudanças climáticas, com secas cada vez mais severas, e a oscilação dos preços dos insumos exigem um planejamento forrageiro e nutricional eficiente.
Em tempos de pasto seco, ter alternativas viáveis para a alimentação do gado é crucial para a rentabilidade da fazenda.
A Dinapec 2025, realizada em Campo Grande (MS), sede da Embrapa Gado de Corte, foi palco de importantes pesquisas que visam a sustentabilidade e a inovação na produção. Entre as ferramentas apresentadas, destacaram-se as forrageiras BRS Capiaçu e BRS Kurumi.
BRS Capiaçu: a fábrica de ração na fazenda
O BRS Capiaçu, que completa 10 anos de proteção, consolidou-se como uma alternativa crucial na alimentação do gado, especialmente no inverno, quando o valor nutricional das pastagens diminui.
Paulino Andrade, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, ressalta que o Capiaçu tolera veranicos e a falta de chuva melhor que outras opções, o que o torna ideal para os desafios climáticos.
Suas características o tornam uma verdadeira “fábrica de ração na fazenda”:
- Alto potencial produtivo e boa qualidade nutricional: Permite que produtores, inclusive em regiões como Cassilândia (MS), produzam o próprio volumoso, barateando o custo da alimentação.
- Segurança alimentar: Garante que o produtor tenha com o que alimentar seus animais no período seco, reduzindo a dependência de insumos externos.
- Democrático: É uma tecnologia acessível desde o pequeno ao grande produtor, sendo base do volumoso para gado confinado (corte) e vacas confinadas (leite).
Apesar de ser uma tecnologia relativamente nova, a Embrapa tem se empenhado em disseminar o conhecimento sobre seu manejo e utilização correta através de cursos, palestras e treinamentos.
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Manejo do capiaçu: pontos de atenção
Para que o BRS Capiaçu entregue todo o seu potencial, alguns pontos de manejo são fundamentais:
- Plantio correto e fósforo na base: Começar bem, com análise de solo e correção, é essencial.
- Reposição de nutrientes: Por ser altamente produtivo (até 300 toneladas de matéria verde por ano), o Capiaçu extrai muitos nutrientes do solo. A reposição adequada (adubação química e orgânica) é crucial para manter a produtividade e não precisar replantar.
- Ponto de ensilagem: O material deve ser ensilado com cerca de 20% de matéria seca. A altura de corte varia, então a recomendação mais segura é determinar a matéria seca com o uso de um micro-ondas e uma balança de cozinha (o passo a passo está no site da Embrapa Gado de Leite). Isso vale para qualquer silagem e também para o manejo de pastejo rotacionado.
Em caso de dúvidas, a Embrapa recomenda procurar um técnico da sua região (cooperativas, Emateres, Agraer, Apta).
BRS Kurumi: a dobradinha perfeita com o Capiaçu
Além do Capiaçu, a Embrapa apresentou o BRS Kurumi, outra ferramenta para baratear o custo de produção e melhorar a margem na alimentação. O Kurumi é um capim elefante anão, com internódios curtos, ideal para pastejo.
Suas vantagens incluem:
- Altura de pastejo ideal: Facilita o consumo pelo gado.
- Alta palatabilidade: Os animais gostam muito de comer.
- Alta digestibilidade: Melhor aproveitamento dos nutrientes.
- Rico em proteína e energia: Reduz a necessidade de concentrado na dieta.
A combinação BRS Kurumi e BRS Capiaçu resolve grande parte dos problemas de alimentação do produtor, seja ele de leite ou de corte.
Ambas as forrageiras têm um rendimento extraordinário por hectare, produzindo muita matéria seca acumulada por dia, e são ricas, digestíveis e palatáveis. O único cuidado é não deixar o Kurumi passar do ponto de corte para pastejo.
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