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Alexandre Zadra, zootecnista renomado e especialista em genética de bovinos, abordou a questão do pecuarista Carlos Nicolau de Campos, Rio de Janeiro, que busca aprimorar seu plantel de matrizes meio-sangue Nelore cruzadas com outras raças zebuínas usando touro Brangus. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Diante do quadro de matrizes Nelore misturadas com Brahman, Guzerá e Tabapuã, Zadra destaca a complementaridade das raças para a obtenção de fêmeas robustas, com excelentes características maternas, e machos de grande porte.
A fusão dessas genéticas com o Nelore corrige características como o peito, melhorando a estrutura dos animais.
Geração de heterose e seleção de taurinos adequados
Para o cruzamento subsequente das fêmeas F1, Zadra salienta a importância de gerar heterose máxima, conferindo adaptabilidade e vigor híbrido ao rebanho.
Ele sugere o uso de raças taurinas na ausência de cupins, como Senepol – que tem um perfil mais britânico e promove precocidade –, Caracu e Bonsmara, que se harmonizam bem com as fêmeas zebuínas.
Potencial do Brangus e alternativas de bimestiços
Ao ponderar o uso do Brangus como uma terceira raça, Zadra reconhece seu potencial, especialmente se o objetivo for produzir animais de pelagem mais escura, demandada pelo mercado.
Contudo, ele também menciona raças como Canchim e Santa Gertrudis, que são bimestiços e se adequam ao objetivo de produzir animais com cerca de 31% de genes europeus, preservando a adaptabilidade tropical.
Recomendações finais sobre cruzamentos
Por fim, Zadra aconselha a manutenção de heterose máxima com o uso de Bonsmara, Senepol ou Caracu sobre as fêmeas F1 e, posteriormente, recorrer ao Brangus ou outras raças de bimestiços para otimizar o potencial genético e produtivo do rebanho.
Com as orientações de Zadra, pecuaristas como Carlos Nicolau possuem um guia para realizar cruzamentos estratégicos que promovam a eficiência produtiva vitória para uma criação aprimorada e de qualidade superior.
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