Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ganharam força através de estudos científicos no Nordeste. A pesquisa já tem definidas as espécies mais adequadas à Caatinga. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Entre as espécies estão a palma forrageira e a gliricídia, uma espécie de leguminosa e que pode ser servida para o gado.
“O sistema tem dado certo um arranjo de ILPF preconizado pela Embrapa Semiárido focado no semiárido. É diferente do que a gente visualiza em outras regiões onde o ILPF é baseado, por exemplo, no eucalipto. Aqui o nosso componente arbóreo é a gliricídia que é um arbóreo forrageiro”, diz Rafael Dantas, pesquisador da Embrapa Semiárido.
As tecnologias de integração para a Caatinga foi o tema central do segundo episódio da nova temporada da série “Embrapa em Ação” do Giro do Boi. A unidade em destaque é a Embrapa Semiárido, localizada no município de Petrolina (PE).
Desafio da produção de alimentos na Caatinga
O desafio na produção de alimentos no nordeste é muito maior, e as características de clima e solo, forçaram a ciência a testar as opções para incorporar a ILPF à realidade do pecuarista no bioma.
Tanto a gliricídia como a palma forrageira são as principais tecnologias que a Embrapa Semiárido vem propagando para a nutrição de bovinos no Semiárido.
Os trabalhos também buscam melhorar os custos para a produção de leite, já que a alimentação representa de 40% a 60% das despesas na criação animal, variando em função da eficiência do manejo alimentar, que pode ser otimizado na diversidade e qualidade das forragens.
Origens da palma forrageira e gliricídia
A palma forrageira é uma espécie de origem mexicana. Foi trazida para o Brasil em meados do século 19 e desde a década de 1940 é utilizada para alimentar rebanhos devido a sua composição rica em carboidratos e água.
Já a gliricídia, árvore de porte médio nativa da América Central, é uma leguminosa difundida como banco de proteína nas propriedades, apresentando de 17% a 22% de proteína bruta na sua composição.