Silagem de capim Miyagui: qual o melhor inoculante para se usar?

Quem trabalha com silagem de capim Miyagui sabe que o sucesso do processo depende de escolhas técnicas certeiras. Uma delas é o inoculante. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações na íntegra.

Para ajudar produtores que enfrentam essa dúvida, o zootecnista Edson Poppi, referência em silagem há mais de 40 anos no Brasil, respondeu à pergunta enviada por Renan Santana, de Querência (MT), no quadro Giro do Boi Responde desta segunda-feira (16).

De forma clara, Poppi destaca que a silagem de capim não costuma ter problemas com fungos e mofos, como ocorre em outras forragens.

Isso significa que a prioridade deve ser a rápida acidificação do material, e não o controle de microrganismos indesejáveis.

Use inoculantes com bactérias homofermentativas no Miyagui

Segundo o especialista, o segredo está em escolher um inoculante que atue de forma acelerada na fermentação.

Para isso, o ideal é trabalhar com bactérias homofermentativas, como as dos gêneros Lactobacillus plantarum e Pediococcus.

Essas bactérias atuam diretamente na transformação dos açúcares em ácido lático, baixando o pH rapidamente e garantindo uma silagem fria, estável e com alta palatabilidade — justamente o ponto fraco do capim ensilado, como o Miyagui, quando mal manejado.

Concentração também é fator-chave

Outro detalhe técnico que faz toda a diferença é a concentração do inoculante. Poppi recomenda o uso de produtos com no mínimo 100.000 unidades formadoras de colônia (UFC) por grama de forragem.

Essa densidade populacional de bactérias é fundamental para garantir uma fermentação eficiente, rápida e com os resultados desejados.