O pecuarista brasileiro tem uma alternativa para melhorar a produtividade da sua pastagem poupando recursos na hora da aplicação de fertilizantes – ao menos os nitrogenados. É que está se popularizando o comércio de sementes de pastagens inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio do gênero Azospirillum.
O Giro do Boi desta terça, 15, tratou do assunto com o engenheiro agrônomo Diego Sichocki, da SGM Sementes. Ele detalhou que quando a bactéria infecta a raiz da braquiária, não ocorre a formação clássica do nódulo como acontece com a soja, por exemplo, mas sim um espessamento da raiz.
Sichocki explicou que o uso da nova tecnologia tem trazido bons resultados aos produtores, uma vez que ela dá a oportunidade de as raízes de forrageiras se desenvolverem mais, melhorando a capacidade de absorver nutrientes e água, além da própria característica de capturar nitrogênio atmosférico. Assim, o produtor pode gastar até dez vezes menos na aplicação de reposição de ureia, nitrato ou sulfato de amônia, por exemplo.
Veja mais detalhes da nova tecnologia pelo link abaixo, em entrevista com a pesquisadora Mariângela Hungria, da Embrapa Soja
+ Inoculação de sementes de forrageiras pode substituir fertilizantes por custo dez vezes menor
Mas o agrônomo ponderou que antes de investir nas sementes inoculadas, o pecuarista tem lição básica de casa a fazer. “Não adianta ele querer utilizar tecnologia, no caso a Azospirillum, uma novidade que promete muito, em um solo que está totalmente ácido, em que falta cálcio, magnésio e todo tipo de fertilizantes. Então o produtor tem que se preocupar com o básico para garantir o resultado de todas as tecnologias que ele vai utilizar”, alertou. “O hectare de terra hoje é muito caro para a gente manter meio boi por hectare, então o produtor tem que adubar, tem que reformar sua pastagem para conseguir ter resultados bons e se manter no mercado”, completou o Sichocki.
Veja abaixo a entrevista completa do agrônomo: