PRODUTIVIDADE

Saltou de 5 para quase 20 arrobas por hectare: saiba como pecuarista está voando alto com o boi no Pará

Com inovação, sustentabilidade e gestão eficiente, produtor Roberto Paulinelli se torna referência em pecuária intensiva no Pará. Assista ao vídeo e confira esta história

Saltou de 5 para quase 20 arrobas por hectare: saiba como pecuarista está voando alto com o boi no Pará
Saltou de 5 para quase 20 arrobas por hectare: saiba como pecuarista está voando alto com o boi no Pará

De 5 para quase 20 arrobas por hectare. Este é o salto produtivo que Roberto Paulinelli conseguiu alcançar na Fazenda Santos Reis, em Rio Maria (PA), tornando-se uma referência em pecuária intensiva na região. Assista ao vídeo abaixo e confira a entrevista completa.

Seguindo os passos de sua família, especialmente de seu primo, o saudoso Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura e indicado ao Prêmio Nobel da Paz, Roberto se destaca pela busca constante por tecnologias e gestão eficiente que transformaram a realidade da pecuária paraense.

Investimento em tecnologia fez a diferença

Paulinelli explicou que inicialmente produzia apenas cinco arrobas por hectare, resultado muito baixo diante do alto valor das terras e dos desafios constantes com pastagens degradadas.

“Contratei consultoria, busquei tecnologias usadas no sul do Brasil e descobri que, devido às boas condições climáticas do Pará, aqui essas tecnologias funcionam ainda melhor”, explicou Roberto.

Graças à adoopção dessas novas tecnologias e técnicas de manejo, especialmente controle biológico de pragas e fertilidade dos solos, sua produção saltou para impressionantes 18 arrobas por hectare, podendo chegar até mesmo a 40 arrobas por hectare em áreas intensificadas.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

Preocupado com a sustentabilidade, Roberto adotou desde cedo práticas rigorosas de rastreabilidade individual e gestão ambiental em sua propriedade. Todos os animais adquiridos passam por consulta socioambiental para garantir que não venham de áreas com desmatamento ilegal.

“Faço questão de garantir uma carne sustentável, livre de desmatamento, porque sei da importância disso para o mercado”, destacou.

Roberto reforçou que o pecuarista brasileiro precisa estar cada vez mais atento às exigências internacionais por sustentabilidade, especialmente na Amazônia.

“Temos de ter cuidado dobrado e mostrar que aqui podemos produzir carne com sustentabilidade e qualidade ao mesmo tempo”, ressaltou.

Capim-capeta e cigarrinha sob controle

Outro avanço importante relatado por Roberto foi a superação dos desafios com infestação do capim-capeta e ataques severos de cigarrinhas nas pastagens. “Graças ao uso de produtos inovadores, como o Top Ultra contra o capim-capeta e o fungo biológico Biotop para controlar cigarrinhas, conseguimos solucionar problemas históricos que limitavam nossa produtividade”, detalhou.

Ele ainda destacou a importância de acompanhar continuamente os resultados e ajustar custos, reforçando que o sucesso depende não apenas de produzir mais, mas também de saber gerenciar com eficiência e equilíbrio financeiro.

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Uma família dedicada ao agro

Roberto Paulinelli pertence a uma das famílias mais reconhecidas na história do agronegócio brasileiro, inspirada no legado deixado por seu primo Alysson Paulinelli, considerado o pai da agricultura tropical sustentável no Brasil e indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Hoje, Roberto mantém viva essa tradição, aplicando inovação tecnológica e gestão eficiente para garantir resultados expressivos na pecuária moderna.

Além da bovinocultura intensiva, Roberto é também reconhecido pela criação de muares, outra paixão familiar. Sua criação de muares da raça Pêga é famosa em todo o Brasil, participando inclusive de eventos nacionais, como o próximo Encontro Nacional de Muladeiros em Goiânia.

Tecnologia e rentabilidade

Para Roberto, um ponto crucial na pecuária atual é o equilíbrio entre produção e custos. “No início, produzi muito, mas percebi que estava gastando demais. Aí veio o ajuste fino, o controle rigoroso, e hoje alcançamos um resultado excelente”, enfatizou.

Com essas estratégias, ele conseguiu consolidar uma produtividade média que ultrapassa três vezes o padrão inicial da fazenda, saltando de 5 arrobas para quase 20 arrobas por hectare, com áreas experimentais chegando a produzir até 40 arrobas.

Paulinelli acredita que, com gestão técnica adequada e respeito ao meio ambiente, é possível prosperar na pecuária e ainda contribuir para o crescimento sustentável da Amazônia.

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