Saiba quais são os medicamentos que não podem faltar na farmácia da fazenda

Confira as dicas do médico veterinário, doutor em ciência Guilherme Moura, gerente de serviços técnicos de bovinos e equinos da Vetoquinol Saúde Animal

O trato sanitário é essencial para o sucesso de uma fazenda. Ele não pode faltar. É preciso inclusive do acompanhamento de um médico veterinário ou mesmo de um técnico em veterinária. Medicamentos de urgência também não podem faltar.

Sabia que os primeiros socorros feitos pela equipe de vaqueiros podem salvar a vida de um boi? Por isso, essa equipe precisa estar bem treinada e munida com os produtos que não podem faltar na farmácia da fazenda.

Quem tratou desse tema foi o médico veterinário, doutor em ciência Guilherme Moura. Ele é gerente de serviços técnicos de bovinos e equinos da Vetoquinol Saúde Animal.

“É fundamental dar o primeiro socorro. Esse primeiro socorro seja com antibiótico, seja com antiinflamatório, seja com a contenção adequada, podemos salvar o animal. E muitas vezes não dá tempo de ir comprar o medicamento. Talvez esse tempo de ir na cidade, o animal pode vir a óbito nesse período”, diz Moura.

O que não pode faltar na farmácia

O especialista foi o entrevistado do Giro do Boi, nesta terça-feira, 14. Ele listou os medicamentos que não podem faltar.

Entre eles estão:

  • Antibióticos (amplo espectro e de ação rápida)
  • Antiinflamatórios (esteroidais e não esteroidal)

Além disso, é importante ter sempre à disposição seringa e agulhas veterinárias, devidamente esterilizadas. A pistola de aplicação deve também estar sempre calibrada para ter certeza que a dosagem está certa.

Olho clínico para as doenças

Um bom treinamento com a equipe de vaqueiros deve ser feito para que se possa detectar mais rápido as doenças. Por isso, é importante identificar os sinais e comportamentos do gado.

Entre as categorias, o bezerro é a que sente mais e, por isso, deve ter mais atenção do produtor. Entre os principais problemas estão a diarreia, a pneumonia e a tristeza parasitária.

“A tristeza parasitária também tem uma evolução muito rápida. Então se tiver ali um medicamento à base de diminazeno ou uma oxitetraciclina você também consegue trabalhar muito rápido”, diz Moura.

A doença pode ser identificada pelo aspecto da mucosa, se estiver pálida e amarelada. Outro ponto é o comportamento. “O normal de um bezerro é ficar pulando atrás da vaca, para sair mamando, brincando. Se ver que aquele bezerro amuou, pode ter certeza que a chance de ter uma tristeza parasitária”, diz o especialista.