Saiba quais manejos elevam seus índices de prenhez

O professor Zequinha, que é pesquisador da Unesp/Botucatu trouxe algumas dicas importantes para os pecuaristas de cria como, por exemplo, alertar que as técnicas de IATF não são idênticas para primípara, secundípara e multípara. Os dados são de acordo com os testes feitos, desde 2006, em fazendas de corte e leite no Brasil, totalizando 5 milhões de matrizes avaliadas.

Nesta quinta-feira, 28, o Giro do Boi entrevistou o professor e pesquisador da Unesp de Botucatu, SP, José Luiz Vasconcelos, conhecido como Zequinha. O especialista em reprodução bovina trouxe dicas para o criador elevar seus índices de prenhez. Segundo o professor, que coordena o Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho (GERAR), vários fatores influenciam nas taxas de prenhez e, para cada grupo de manejo e contemporâneo, situação da fazenda e o que se esperar dos índices, existe uma técnica específica. O professor Zequinha trouxe algumas dicas importantes para os pecuaristas de cria como, por exemplo, alertar que as técnicas de IATF não são idênticas para primípara, secundípara e multípara. “Em cada uma dessas situações a recomendação nunca será a mesma”, disse, com uma base bastante acurada em testes feitos, desde 2006, em fazendas de corte e leite no Brasil, totalizando 5 milhões de matrizes avaliadas.

O professor Zequinha também orientou ao produtor sempre buscar um pacote tecnológico específico para cada situação. Na esfera genética, ele disse que é necessário integrar ao rebanho de matrizes, fêmeas de boas DEP’s para precocidade sexual, fertilidade e habilidade materna, alertando que “de nada vai adiantar o criador optar por essas importantes características, sem nutrir corretamente a fêmea, não só para que ela emprenhe, mas estender essa boa nutrição durante o aleitamento até a sua reconcepção na estação seguinte”, acrescentou.

Perguntado sobre sua opinião em relação à redução de uma estação de monta e do intervalo entre partos, o professor Zequinha disse que essas medidas precisam estar num plano de ação do criador. Já sobre a eficiência de uma inseminação artificial em tempo fixo, Zequinha respondeu que o chamado “protocolo de quatro manejos” aumentou em 10% a taxa de prenhez em uma IATF ao antecipar um dos procedimentos da técnica (prostaglandina) nos animais ciclando.

Confira, abaixo, a entrevista completa do professor Zequinha, da Unesp de Botucatu, SP: