METEOROLOGIA

RS: escassez ou falta de uniformidade de chuvas afetam lavouras de soja e milho

RS: escassez ou falta de uniformidade de chuvas afetam lavouras de soja e milho

RS: escassez ou falta de uniformidade de chuvas afetam lavouras de soja e milho
RS: escassez ou falta de uniformidade de chuvas afetam lavouras de soja e milho

O Rio Grande do Sul enfrentou escassez de chuvas no mês de fevereiro em algumas regiões, informou hoje, em nota, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado.

Na maior parte do território gaúcho, os volumes de precipitação variaram entre 50 e 150 milímetros (mm), informa a pasta, com base no Comunicado Agrometeorológico de fevereiro, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da secretaria. Tais condições têm afetado as culturas da soja e do milho, principalmente.

Soja é a lavoura mais afetada no RS

Máquinas em campo durante a colheita da soja. Foto: Canva
Máquinas em campo durante a colheita da soja. Foto: Canva

Conforme a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras de publicação, a soja foi uma das principais afetadas, pois a falta de chuva “pegou o período crítico da cultura (florescimento e enchimento de grãos) em algumas áreas do Estado”, diz na nota.

Desta forma, na maior parte do Estado o rendimento e a maturação da soja seguem sem uniformidade, “refletindo a variabilidade na distribuição das chuvas ao longo do ciclo, a qual afetou a eficiência operacional da colheita e a qualidade final dos grãos colhidos”, cita o boletim.

“Na região centro-oeste, nas lavouras mais afetadas pela estiagem, a produtividade (cerca de 500 kg/ha), o peso dos grãos e a qualidade
estão menores”, ressalta.

Milho: cultura com semeadura tardia

Híbrido de milho. Foto: Divulgação
Híbrido de milho. Foto: Divulgação

Já no caso do milho, as lavouras semeadas tardiamente, que totalizam 15% da área cultivada, ainda dependem das condições climáticas, diz o boletim.

“As chuvas mais recorrentes em fevereiro e início de março favoreceram o desenvolvimento, o vigor vegetativo e o potencial produtivo”, prossegue.

Contudo, a secretaria observa que a continuidade desse desempenho está condicionada à ocorrência de chuvas regulares, uma vez que parte dessas lavouras se encontra na fase de enchimento de grãos (8%).

Além disso, “áreas implantadas em janeiro se encontram em estágios críticos, como pendoamento e embonecamento (4%), altamente sensíveis ao déficit hídrico”.