A pecuária brasileira vive um período de ouro para a terminação. A redução de custos com insumos e a melhora nas margens de lucro estão estimulando o aumento do confinamento de gado e da Terminação Intensiva a Pasto (TIP) em 2025.
Com a alimentação mais barata e o boi gordo valorizado, o resultado é um aumento expressivo na oferta de animais terminados e uma forte recuperação financeira para os fazendeiros.
O pecuarista Aldo Telles, ex-presidente da Nelore Mato Grosso, atesta o momento favorável. Em mais de cinco décadas de atuação, Telles afirma que este é um dos períodos mais propícios, com um ganho de 50% por cabeça. Ele reagiu investindo: comprou 400 mil sacos de milho da safra nova e construiu um novo confinamento no município de Santo Antônio do Leverger (MT), com capacidade para 4 mil animais.
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Crescimento acima do esperado e estratégia nacional
As experiências dos produtores refletem uma tendência nacional de crescimento da terminação intensiva. De acordo com Maurício Veloso, presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), o avanço é sustentado pelas boas oportunidades de compra de insumos e pela maior adoção de estratégias de proteção de preços.
Veloso destaca que a adesão superou as expectativas iniciais. Somente entre os associados da Assocon, serão mais de 11 milhões de cabeças terminadas em TIP e em confinamento em 2025. O número é muito superior à expectativa inicial da associação, que era de nove milhões de cabeças.
Oportunidade: o cavalo arreado no cocho
O aumento na oferta de animais terminados garante o equilíbrio do mercado e reforça a eficiência da pecuária brasileira. A queda no preço dos grãos, aliada à valorização da arroba, cria um cenário onde o confinamento se torna o caminho mais rápido para o ganho de peso e o lucro na fazenda.
A mensagem do setor é clara: é o momento de aproveitar as oportunidades de mercado, como diz o velho ditado, “olha o cavalo arreado!”. Investir em terminação intensiva garante a rentabilidade e posiciona o produtor de forma estratégica na cadeia.
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