O crescimento foi tímido, mas significativo: 1%. Isto foi o quanto aumentou o rebanho bovino do Canadá em 2018. A expressividade se dá por conta do longo período em que o número de cabeças de gado no país não apresentou evolução. Desde 2012 não se registrava progresso. Atualmente, o Canadá tem pouco mais de 11,6 milhões de cabeças.
A dificuldade em fazer o rebanho crescer encontra explicação em dois fatores principais, apontou Eduardo Bernardes, diretor de exportações da JBS para aquele país. Primeiro, há uma grande saída de bezerros e garrotes prontos para terminação em confinamentos no vizinho Estados Unidos pelo elevado poder de compra dos pecuaristas americanos na comparação com os locais.
Além disso, ao menos nos últimos dois anos houve um significativo aumento dos abates no Canadá. Em 2017, o crescimento foi de 6% ante 2016. E na parcial de 2018, a evolução já está em 8% na comparação com o período anterior.
Mas não é como se a pecuária canadense estivesse em dificuldade. O país mira suas exportações de carne bovina para países de consumidores exigentes. Entre os três principais importadores da proteína vermelha do país estão Japão, China e México.
Ainda neste ano, um dos objetivos é aumentar a penetração no mercado europeu com carne in natura, agregando valor ao produto, derivado basicamente de animais cruzados das raças Angus e continentais europeus, como Limousin e Charolês. “É um produto de alta qualidade que permite realmente vender nos mercados maduros do mundo, como Japão, Coreia do Sul, na própria China. Existe uma demanda forte”, acrescentou Bernardes em entrevista concedida ao Giro do Boi desta terça, 17, para o quadro Giro pelo Mundo.
Assista ao quadro na íntegra pelo vídeo abaixo: