Os produtores do lado mato-grossense do Vale do Araguaia deverão confinar em 2019 cerca de 100 mil cabeças, disse ao Giro do Boi nesta quarta, 15, o gerente de originação da Friboi para a região, Vilmar Lemos Cardoso.
“Normalmente concentra-se a maior parte dos confinamentos mais para o final do ano, no segundo semestre, mas este ano já começou a ter movimento maior no primeiro semestre. Já existe um movimento para encher todos os confinamentos. […] Para este ano, a estimativa de animais fechados em cocho para o Vale do Araguaia é em torno de 100 mil cabeças. É um cenário bacana, é o pecuarista do Vale do Araguaia acreditando na tecnologia, no custo da alimentação, da nutrição”, disse em sua entrevista.
Vilmar comentou também alguns dos protocolos de remuneração que premiam animais bem engordados, como o 1953 e o Nelore Natural. “Desde o início, o propósito da companhia foi estimular o produtor de carne a focar não só em qualidade, mas também em rentabilidade”, afirmou.
Vilmar deu o exemplo do Protocolo 1953 em que as novilhas podem receber bônus de até R$ 20 por arroba e mostrou lotes de novilhas que servem como referência em qualidade (veja as imagens no vídeo abaixo), vindos das propriedades Fazenda Vale dos Sonhos, de Juliano Cunha de Assunção Pinto, em Porto Alegre do Norte-MT (100% Farol Verde, abatidas em Confresa-MT); e Fazenda Santa Clara III, de Guilherme Augusto Leal Basaglia, em Pedra Preta-MT (100% Farol Verde, abatidas em Barra do Garças-MT ). Os próximos abates do Protocolo 1953 nas unidades acontecerão em 31/05 em Barra do Garças e 16/08 em Confresa.
O gerente comentou ainda a janela de oportunidade para criador de gado Nelore, mostrando como exemplo fotos do primeiro abate do Protocolo Nelore Natural em Colíder-MT, feito pela Fazenda Beira Rio, do pecuarista Gilson Mueller Berneck, de Nova Canaã do Norte-MT.
Também confirmou as datas dos abates do Circuito Nelore de Qualidade 2019 na regional MT Leste: 21 e 22/06 em Colíder e 17 e 18/08 em Barra do Garças.
Ao encerrar sua participação, Vilmar reforçou a relação entre produtividade, qualidade e rentabilidade para o pecuarista. “A questão da rentabilidade ótimo, é excelente, é o que o pecuarista busca. Mas também, para que se consiga espaço para vender este produto, ele tem que vir de animais jovens, bem acabados […] e nunca esquecer que hoje mercado restringe animais erados”, ponderou.
“Nós estamos mostrando as oportunidades que estamos dando para nos aproximar cada vez do pecuarista e valorizar o seu produto, possibilitando rentabilidade e aceleração do giro e para a indústria, trabalhar com animal que seja aceito pelo mercado: mais jovem, com conformação de carcaça, isso é muito interessante. Este é o recado e estão aí o protocolos que são o que sempre o pecuarista buscou: valorização”, concluiu.
Veja a entrevista no vídeo abaixo: