REPRODUÇÃO

“Temos touros muito ruins no País, inclusive em centrais”, alerta pesquisador

Confira as recomendações para escolher o melhor touro para a fazenda na entrevista com o médico veterinário José Bento Ferraz, professor titular de genética e melhoramento animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo

No rebanho de reprodutores bovinos no País, há muitos touros ruins, inclusive em touros em centrais de inseminação artificial. O alerta vem de uma das maiores autoridades em genética e melhoramento de gado de corte no País. Assista ao vídeo abaixo e confira.

O alerta foi do médico veterinário José Bento Ferraz. Ele foi o entrevistado do programa Giro do Boi desta segunda-feira, 17.

“A grande maioria dos touros vendidos, cerca de 85%, não são avaliados. Isso porque, efetivamente, apenas 15% dos reprodutores à venda possuem avaliação genética”, diz Ferraz. 

O especialistas é professor titular de genética e melhoramento animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP).

Os critérios de escolha de um touro para a fazenda

Touro cobrindo vacas a campo. Foto: Divulgação
Touro cobrindo vacas a campo. Foto: Divulgação

O especialista explicou os conceitos básicos de como definir o critério na escolha dos touros da fazenda.

Essa tarefa começa justamente quando o pecuarista define qual tipo de pecuária bovina quer desempenhar em sua propriedade.

Os critérios devem ser avaliados de forma integrada, considerando-se as necessidades e objetivos do sistema de produção, visando a obtenção de animais produtivos e saudáveis.

Melhor seleção de touros para a evoluindo na genética

Touro Puro de Origem ou touro ceip
Exemplar de touro Nelore. Foto: Divulgação

O grande porém para a pecuária brasileira é que ainda continuamos na dependência de uma melhor seleção de touros para seguir evoluindo na genética, principalmente, na raça Nelore, que é a responsável por 80% do gado brasileiro.

Em tese, o sêmen utilizado pelos criadores, nos processos de inseminação, são de touros geneticamente superiores.

No entanto, não é bem assim, na prática, como alerta Ferraz. Adicionalmente, há os touros de repasse, que por vezes, possuem qualidade desconhecida ou mesmo inferior.

Isso faz com que o pecuarista passe a ter dois rebanhos distintos em sua propriedade, com níveis de produtividade muito diferentes.

Um rebanho dos descendentes dos touros de inseminação e outro dos filhos dos touros de repasse. Confira a entrevista na íntegra para não errar na escolha do melhor reprodutor para a fazenda.