Será que o cruzamento de um touro Senepol com vacas Sindi são boas opções para dar início a um rebanho no Nordeste? A dúvida é do telespectador Robson Melo, do sertão pernambucano.
Ele escreveu para o Giro do Boi e disse que quer migrar da agricultura para a pecuária de corte. Melo pediu algumas dicas de cruzamentos entre essas duas raças.
As dúvidas foram esclarecidas no quadro Giro do Boi Responde desta terça-feira, 9.
Quem respondeu foi o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos e autor do blog “Crossbreeding”.
Para ele, o cruzamento do touro Senepol com vacas Sindi são, de fato, uma boa opção de cruzamento para regiões quentes e secas do semiárido do Nordeste.
“Quando pensamos em fazer um animal para o Nordeste, os dois animais são tropicais e se desenvolvem bem em regiões com menor disponibilidade de forragem.
Sindi
A raça Sindi é originária do Paquistão e se adaptou bem a localidades onde há pouca comida para o gado.
“Talvez seja a raça zebuína mais rústica entre as demais”, diz Zadra.
Senepol
Já o Senepol é originário das Ilhas Virgens no Caribe e onde também chove muito pouco.
“Lá o animal foi criado com pouca disponibilidade de forragem”, diz Zadra.
De olho nos animais a serem cruzados
A grande recomendação do especialista é o pecuarista cruzar os maiores animais possível de cada uma dessas raças.
Tanto o Sindi quanto o Senepol são animais de porte pequeno, e isso não favorece muito a produção de bezerros e bezerras com grande desempenho de carcaça.
“Eu recomendo que você utilize animais de maior porte possível dentro do Senepol e Sindi para poder equilibrar essa curva de crescimento e não gerar animais tão pequenos”, diz Zadra.
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