O criador Everton Luiz Trembulak é “novo no ramo”, como ele próprio revelou em mensagem enviada ao Giro do Boi, e por isso ele quer dicas para trabalhar com seu plantel.
“Tenho novilhas de cruza Tabapuã com Red Angus. Qual seria o touro ideal para colocar nelas?”, perguntou o telespectador de Mangueirinha, no Paraná.
Para tirar a dúvida, o Giro do Boi ouviu o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em cruzamento industrial, supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia e autor do blog Crossbreeding.
“Com essa meio-sangue Tabapuã x Red Angus, você tem uma excelente matriz, que é adaptada ao Paraná e também com ótima habilidade materna, além de ter precocidade sexual ímpar”, qualificou Zadra.
O zootecnista observou a importância de utilizar raças diferentes no cruzamento dos bovinos. “Quando a gente fala em cruzamento, a gente sugere que o criador use raças diferentes, mas com adaptabilidade. Quando você usa uma raça diferente das que você tem, você gera heterose, gera choque de sangue, vigor híbrido, e você tem uma série de vantagens, principalmente em saúde e fertilidade”, ressaltou.
Depois, Zadra indicou que raças complementariam as características e qualidades das F1 Tabapuã x Red Angus. “Nesse caso, na sua meio-sangue Red Angus x Tabapuã, que deve ser araçá, amarelo ou avermelhada, às vezes, e se você quiser manter essa pelagem e fazer um animal com uma boa adaptação para o Paraná, você pode usar o Bonsmara, que é uma raça africana, desenvolvida na África do Sul pelo Dr. Jan Bonsma para maciez de carne maciez e animais de ótima produtividade. Então o Bonsmara é a primeira opção para você usar. Outra opção como raça diferente também sobre a F1 Red Angus é o Caracu. E daí, depois, você tem os bimestiços que poderia usar, como o Braford, o Canchim, como raça terminal, e o Santa Gertrudis”, concluiu.
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Qual é a sua dúvida sobre cruzamento industrial? Envie para o programa no link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail [email protected].
Pelo vídeo a seguir é possível assistir todas as considerações do especialista Alexandre Zadra: