PROTOCOLO 1953

Pecuária na Bahia cresce 20% e confinamento 66%. Carne premium é o grande motivo

Confira o panorama da evolução da pecuária baiana na entrevista com o médico veterinário Eduardo Hagge, gerente de originação da Friboi e com Ivon de Almeida, gerente executivo de negócios da Friboi no Estado da Bahia

A Bahia está se destacando cada vez mais na pecuária. O crescimento do rebanho cresceu 20% e os confinamentos de gado saltaram 66%. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.

O Giro do Boi desta sexta-feira, 31, conversou com o médico veterinário Eduardo Hagge, gerente de originação da Friboi e com Ivon de Almeida, gerente executivo de negócios da Friboi no Estado da Bahia.

Eles deram um bom panorama sobre o desenvolvimento da pecuária no Estado. Em apenas um ano, de 2021 para 2022, a pecuária baiana cresceu incríveis 20% no volume de gado.

O rebanho atual é de quase 12 milhões de cabeças, o que faz com que a Bahia ocupe a 7ª posição nacional do ranking por Estados.

“De 2017 para cá, o pecuarista baiano tem recebido boas precipitações em suas áreas de pastagem, portanto, esse crescimento foi possível em virtude dessas boas chuvas”, diz Hagge.

A Bahia possui 297 mil fazendas de gado, número que representa 40% do total de propriedades rurais.

Crescimento dos confinamentos de gado na Bahia

Bovinos de genética Angus terminada na Bahia. Foto: divulgação
Bovinos de genética Angus terminada na Bahia. Foto: divulgação

Outro dado importante sobre a evolução da pecuária na Bahia está relacionado com o crescimento de unidades de confinamento de gado.

O salto foi de 66% na comparação entre os anos de 2021 e 2022. O Estado, além de compor a nova fronteira agrícola do País, passa a ser o novo celeiro de confinamentos do País.

“Os confinamentos da Captar têm sido o exemplo para as unidades no Estado. Vamos ter uma grande virada de chave nos próximos anos”, diz Almeida.

As estruturas inclusive são as responsáveis pela produção de gado de qualidade.

A mais recente novidade na pecuária baiana foi a chegada dos protocolos de carne premium, como é o caso do Protocolo 1953. Os primeiros abates ocorreram com as raças Angus e Senepol.

O que é o Protocolo 1953?

Gado de genétcia Senepol. Foto: Divulgação
Gado de genétcia Senepol. Foto: Divulgação

O Protocolo 1953, que garante um dos maiores bônus aos pecuaristas do País.

Lançado em 2018, o Protocolo 1953 privilegia os pecuaristas que trabalham para obter animais que garantem carne macia, saborosa e suculenta.

Entre as regras básicas para que um animal desta grife de carne seja certificado, está o grau de sangue (ter no mínimo 50% de sangue de raças taurinas).

O programa abriu uma porta para valorizar não só animais cruzados com Angus, mas de demais raças com sangue taurino como Hereford, Charolês, Blonde D’Aquitaine e demais animais de raças sintéticas como o Canchim.

Demais exigências para o gado de carne premium

Corte de carne de qualidade de bovinos classificados pelo Protocolo 1953. Foto: Divulgação
Corte de carne de qualidade de bovinos classificados pelo Protocolo 1953. Foto: Divulgação

No entanto, para trilhar o caminho da produção de um bovino que gera uma carne de qualidade não depende somente da genética.

A alimentação do gado foi um ponto fundamental, pois o animal precisa ter um acabamento de gordura adequado.

Além disso, os machos precisam ser castrados e terem até dois dentes incisivos para serem classificados no programa.

As novilhas precisam ter até quatro dentes. A maturidade e o acabamento também são fundamentais. Confira a entrevista na íntegra para saber os detalhes desse programa que está elevando os ganhos da arroba do boi pelo País.