O índice bioeconômico Mérito Genético Total Econômico (MGTe) recebeu uma significativa atualização. Assista ao vídeo abaixo e confira em detalhes o que mudou.
O índice bioeconômico MGTe é uma das principais ferramentas de avaliação de bovinos de raças zebuínas da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP).
“A função principal do índice é fazer uma seleção para lucro. E ela ficou ainda mais apurada com a atualização do MGTe”, diz o médico veterinário Argeu Silveira, diretor técnico da ANCP.
O especialista esteve no estúdio do Giro do Boi nesta segunda-feira, 6, e detalhou o que mudou com a nova atualização do índice bioeconômico.
O que é o índice bioeconômico MGTe?
Lançado em 2016, o MGTe foi desenvolvido utilizando as informações de indicadores econômicos e produtivos de uma fazenda de corte comercial de ciclo completo (cria, recria e engorda).
Entre esses indicadores produtivos estão as estimativas de custos, as receitas e os lucros da propriedade.
O índice é utilizado para avaliar a importância econômica de cada uma das características genéticas dos bovinos através de seus valores econômicos.
A evolução genética do rebanho faz a fazenda lucrar mais
Ao final, são definidas as variações do lucro de uma fazenda a partir da variação das características genéticas de seu rebanho.
A nova versão considera características economicamente mais importantes para o cenário atual da produção de carne no Brasil, excluindo aquelas redundantes ou muito correlacionadas, com o intuito de apresentar um índice mais enxuto.
Além disso, a atualização conta com a introdução de uma característica para acabamento do gado.
As raças zebuínas em foco índice
O índice atualizado poderá ser utilizado como ferramenta de seleção para a escolha e descarte de animais. As raças zebuínas em foco são: Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã.
A atualização do MGTe tem como objetivo aprimorar esse processo de melhoramento genético dos rebanhos, garantindo valorização econômica na venda de reprodutores.
A atualização aprimora e ajusta o MGTe, oferecendo maior equilíbrio na ponderação das DEPs que o compõem.
Com a diminuição na ponderação das DEPs de crescimento de 40% para 34%, por exemplo, no novo MGTe, e a maior importância das DEPs de carcaça, haverá a identificação de bovinos mais animais produtivos nas propriedades.
Índices de cria e recria e engorda a pasto
Além da atualização do MGTe para as raças Nelore, Brahman, Guzerá e Tabapuã, os índices MGTe_CR (sistema de Cria) e MGTe_RE (sistema de Recria e Engorda a Pasto) foram atualizados para a raça Nelore e, a partir de agora, ambos estão disponíveis também para as raças Brahman, Guzerá e Tabapuã.
Os índices Bioeconômicos da ANCP são calculados a partir das seguintes características e ponderações: precocidade sexual, habilidade materna, crescimento, fertilidade, carcaça e carne, e eficiência alimentar.
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