A raça Girolando, responsável por cerca de 80% da produção de leite no Brasil, completou 29 anos de reconhecimento oficial com números históricos que reafirmam sua importância para a pecuária leiteira. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta história.
Em 2024, foram registrados mais de 108 mil animais, batendo o maior recorde desde 1989 e representando um crescimento de 11,4% em relação a 2023. Além disso, a raça também ampliou sua participação no mercado de genética, com um aumento de 8% na venda de sêmen no último ano.
Os dados foram apresentados por Celso Menezes, zootecnista e superintendente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando (ABCG), em entrevista ao Giro do Boi desta quarta-feira, 5 de março. Ele destacou o impacto da raça na produção de leite, os avanços no melhoramento genético e a expansão internacional.
Registros genealógicos em alta: a força do Girolando no Brasil
🔹 Maior marca histórica: Foram 108.404 registros em 2024, superando o recorde anterior de 2014 (106.371).
🔹 Categorias que bateram recordes:
✔️ Registro Genealógico de Nascimento (RGN) → 43.201 registros (aumento sobre os 42.640 de 2023).
✔️ Registro Genealógico Definitivo (RGD) → 45.010 registros (salto de 37.586 em 2023).
Esse crescimento foi impulsionado pela valorização da raça, investimentos na melhoria dos serviços prestados e maior adesão dos pecuaristas ao registro genealógico.
Segundo Menezes, mesmo em um ano economicamente desafiador, os criadores entenderam que investir em animais registrados é essencial para mais produtividade e rentabilidade.
A expansão da genética Girolando
Além dos recordes nos registros, o mercado de genética da raça também avançou significativamente.
A venda de sêmen Girolando cresceu 8% em 2024, alcançando 800.263 doses comercializadas, segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
📈 Principais destaques do crescimento:
✔️ Maior participação no mercado de sêmen leiteiro, que teve um crescimento geral de 9% no Brasil.
✔️ Aumento de 17% nas exportações, com a raça sendo enviada para Costa Rica, Colômbia, Argentina, El Salvador, Bolívia, Equador e Guatemala.
Segundo Menezes, essa evolução reflete o avanço das tecnologias aplicadas ao Programa de Melhoramento Genético da raça, incluindo a genômica. Quanto mais índices e características forem disponibilizados, maior será a segurança dos criadores na seleção de seus rebanhos.
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Girolando: presente e futuro da pecuária leiteira
Reconhecida oficialmente como raça nacional em 1º de fevereiro de 1996, a Girolando se consolidou como a base da produção leiteira no Brasil. Para Celso Menezes, os números de 2024 demonstram a força da raça e sua importância estratégica para o agronegócio.
A tendência para os próximos anos é de continuidade no crescimento, com avanços no melhoramento genético, maior exportação de genética e investimentos em tecnologia para tornar os rebanhos ainda mais produtivos e eficientes.
Com um histórico de recordes e inovação, o Girolando segue como a principal aposta para o futuro da pecuária leiteira nacional e global.
📌 E na sua fazenda, o Girolando já faz parte da produção de leite? Compartilhe sua experiência nos comentários!
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