EMBRAPA SEMIÁRIDO

Conheça a genética do gado Sindi mantida intacta há 71 anos pela Embrapa

O quinto episódio da nova temporada “Embrapa em Ação” feita na Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), explora o trabalho com a raça de origem paquistanesa, o Sindi. Confira

A Embrapa Semiárido possui um rebanho bovino muito especial. Trata-se de um gado Sindi, que veio direto do Paquistão, e está sendo mantido intacto há 71 anos. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.

Este trabalho com a genética da raça zebuína Sindi, foi tema central do quarto episódio da nova temporada da série “Embrapa em Ação” do Giro do Boi.

A unidade em destaque desta vez é a Embrapa Semiárido, localizada no município de Petrolina (PE).

O rebanho, de origem paquistanesa, conta com 110 animais Sindi e é mantido em total isolamento desde que chegou oficialmente ao Brasil, em 1952.

“Esse gado que nós temos aqui é descendente direto de uma importação que ocorreu em 1952 que veio do Paquistão e aqui, na unidade, ele chegou em 1996. De lá para cá, o rebanho tem sido mantido e conservado”, diz Anderson Ramos de Oliveira, chefe de pesquisa e desenvolvimento da unidade.

O padrão racial do zebuíno Sindi

Vaca e bezerro da raça sindi
Vaca e bezerro da raça Sindi. Foto: JMMatos

Por estar isolado, o gado conserva o padrão racial legítimo do Sindi, com rusticidade e adaptação únicas às nossas condições.

Os animais estão passando pelo processo de registro na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ).

A ideia é que o rebanho conquiste a certificação de gado Puro de Origem (PO) para que essa genética, em breve, seja multiplicada e disseminada por todo o Nordeste.

Gado rústico e produtivo mesmo em condições adversas

Lote de animais Sindi. Foto: Divulgação
Lote de animais Sindi. Foto: Divulgação

O gado Sindi é sinônimo de resistência, rusticidade e adaptabilidade. Essas características combinam bem com o sertão seco e esturricado do agreste brasileiro.

Na Caatinga, onde falta água, o rebanho responde bem com a produção de carne e leite.

“O gado tem uma conversão alimentar muito interessante. É um gado que consegue converter alimento de baixo valor nutricional em carne e leite. Então é um gado que está acostumado com essas condições ambientais do Semiárido”, diz Rafael Dantas, pesquisador Embrapa Semiárido.

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