Canchim com Nelore? Veja se essa mistura dá bezerros pesados e precoces

Usar Canchim com Nelore ou com vacas aneloradas é uma estratégia eficaz para quem busca bezerros pesados ao desmame e ainda aproveitar as fêmeas F1 como boas matrizes. Assista ao vídeo abaixo e confira as considerações na íntegra sobre este cruzamento.

Essa foi a recomendação do zootecnista Alexandre Zadra, referência nacional em cruzamento industrial, durante o quadro “Giro do Boi Responde” desta quarta-feira, 11 de junho.

Respondendo ao pecuarista Leonardo Carvalho Pinto, que deseja turbinar a produtividade da fazenda com desmama pesada e precocidade, Zadra explicou que o Canchim é uma raça composta com 62,5% de sangue europeu (Charolês) e 37,5% de Zebu, o que, ao cruzar com Nelore, resulta em filhotes com cerca de 31% de sangue taurino.

Esse percentual garante choque de sangue suficiente para gerar heterose, traduzida em ganho de peso e desempenho superior.

Fêmeas 31% taurinas: adaptadas e produtivas no campo

As bezerras F1 resultantes desse cruzamento, conhecidas como “vacas 31”, são muito valorizadas.

Além de pelo zero, que facilita a adaptação ao calor, essas fêmeas carregam boa habilidade materna herdada do Canchim, cuja linhagem atual conta com genética de Charolês americano — o que reforça o perfil materno e o ganho de peso.

Apesar de não atingirem a precocidade sexual das meio-sangue Angus ou Hereford com Nelore, essas fêmeas são excelentes matrizes para ambientes tropicais e podem até ser abatidas com boa rentabilidade, caso o pecuarista opte por um ciclo curto.