No episódio desta sexta-feira da série “Como Gerenciar o Seu Pasto” do programa Giro do Boi, o zootecnista e mestre em pastagem e forragicultura, Edmar Peluso, sócio-fundador da consultoria Gerente de Pasto, abordou um tema crucial e frequentemente negligenciado: a qualidade da água oferecida ao rebanho. Assista ao vídeo abaixo e confira.
A garantia de água disponível, de qualidade e bem posicionada são fatores essenciais para que o gado desempenhe seu máximo potencial de ganho de peso.
Conforme explicado por Peluso, uma água de boa qualidade pode resultar em um ganho médio diário (GMD) e ponderal de mais de 100 gramas por dia, destacando a importância de um manejo eficiente dos recursos hídricos na pecuária.
Importância da qualidade e disponibilidade da água
No episódio, Peluso enfatizou que, embora seja amplamente reconhecida a importância da água para a saúde e desempenho dos bovinos, sua gestão muitas vezes não recebe a atenção adequada.
Segundo ele, é essencial garantir não apenas a disponibilidade constante de água ao longo do ano, mas também a qualidade da mesma.
A utilização de bebedouros artificiais, por exemplo, pode assegurar a oferta consistente de água de boa qualidade, independentemente das condições climáticas.
Impacto na produtividade e manejo do pasto
Peluso destacou que a qualidade da água pode influenciar significativamente o ganho de peso do rebanho.
Comparando a água de bebedouros de boa qualidade com a de açudes de baixa qualidade, ele mencionou que a diferença pode ultrapassar 100 gramas de ganho de peso por animal por dia.
Esse aumento é substancial e pode justificar investimentos em infraestrutura de água, como bebedouros artificiais, que se pagam rapidamente através do incremento na produtividade.
Estratégias de seca e sustentabilidade do pasto
Em relação à estratégia de seca, Peluso argumentou que a presença de água de qualidade em todos os piquetes é vital.
A falta de água em determinados pastos pode levar a uma utilização ineficiente da forragem disponível e a uma pressão excessiva em áreas onde a água está presente.
Isso resulta em pastos “batidos” perto das fontes de água e “passados” nas áreas mais distantes, o que compromete a eficiência do pastejo e pode levar à degradação da pastagem.
Posicionamento estratégico da água
Outro ponto crucial abordado no programa foi o posicionamento dos bebedouros ou fontes de água. Peluso explicou que, mantendo a distância máxima de 650 a 700 metros entre o fundo do piquete e o bebedouro, pode-se garantir um pastejo mais homogêneo.
Em pastos de alta produção, essa distância deve ser ainda menor, idealmente até 300 metros. O posicionamento central da água dentro do piquete facilita o acesso dos animais, reduzindo o desgaste e garantindo um consumo adequado de água.
Pasto e água de qualidade para o rebanho produzir mais
Em resumo, garantir a qualidade e disponibilidade da água, bem como seu posicionamento estratégico, são medidas essenciais para otimizar o desempenho do rebanho e a eficiência do manejo do pasto.
Peluso concluiu recomendando que os pecuaristas invistam na melhoria das condições de água oferecidas aos bovinos, pois isso pode resultar em significativos ganhos de produtividade, tornando a atividade mais viável e rentável. Clique aqui de assista ao demais episódios de “Como Gerenciar o Seu Pasto”.
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