“Existe alguma pesquisa sobre qualidade de capim mais indicado para a pecuária de cria da Região Norte, mais especificamente Rondônia?”, perguntou o telespectador Alexandre Gonçalves de Morais, de Santa Luzia D’Oeste-RO.
Para esclarecer a dúvida no Giro do Boi Responde, o programa buscou a opinião do zootecnista Tiago Felipini, especialista em nutrição, consultor da Alcance Planejamento Rural e também pecuarista.
“O que vai determinar o capim não é exatamente o sistema de cria, mas sim a fertilidade do solo que você tem por aí e o seu regime pluviométrico. Para a região de Rondônia, onde chove em torno de 2.000 mm por ano e tem um período seco bem curto, nós recomendamos que você tenha na sua fazenda 60 a até 70% de capins do gênero Panicum e 30 a até 40% de capins do gênero Brachiaria”, resumiu Felipini.
Na sequência, o consultor indicou algumas das cultivares mais indicadas entre os dois gêneros.
PANICUNS
“Se o seu solo já tiver uma média fertilidade você pode plantar tranquilamente o capim Miyagi, o Zuri, o Mombaça e até o capim Paredão, da Matsuda. São excelentes capins, na verdade, mas eles têm um crescimento bastante agressivo. Você tem que tomar cuidado no período de verão, período quente, em que eles vão crescer bastante e vão rebrotar muito. Se você não ajustar a lotação, não controlar a altura desses capins, você vai ter uma perda de pasto. Aí você vai precisar entrar roçando o seu pasto para corrigir essas alturas. Ou seja, vai gerar despesa desnecessária e vai ter queda de desempenho também nesse período”, ponderou o zootecnista.
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BRAQUIÁRIAS
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“Já os capins do gênero Brachiaria, existem pesquisas em andamento com capins que estão gerando bons resultados na região Norte como um todo, que são os capins Sabiá e Cayana, da Barenbrug. São opções boas para você trabalhar”, sugeriu.
“Mas não esqueça desse detalhe: a fertilidade do solo é muito importante. Não adianta querer plantar capins de alta produtividade se o seu solo não tiver fertilidade. Tem que colocar adubação, fazer a correção necessária porque senão não vai ter produção boa, vai ter produção baixa e acabar tendo degradação num curto e médio prazos”, alertou.
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Pelo vídeo a seguir é possível assistir a resposta completa do especialista:
