O atendimento a exigentes mercados para a carne bovina está deixando não somente os consumidores felizes, como também os pecuaristas. Isto porque ao mesmo tempo em que convertem qualidade de carne em bônus aos produtores, os protocolos de qualidade, como o 1953, lançado pela Friboi há pouco mais de um ano, estão lançando um desafio de produtividade que aumenta o desfrute e a renda dentro das porteiras.
Dois destes casos foram ilustrados no Giro do Boi desta quarta, 24, com entrevistas de dois pecuaristas de Mato Grosso do Sul, que optaram pelo cruzamento industrial como forma de aumentar a produtividade e estão classificando seus animais dentro dos programas de carne de qualidade.
“(O cruzamento) É uma ferramenta que nós não podemos deixar de usar. A matriz Nelore é imbatível para produção, agora com o choque de sangue com raças europeias, estaremos agregando qualidade, precocidade e aumentando o nosso giro na pecuária, aumentando a nossa produtividade”, afirmou o médico veterinário e pecuarista João Carneiro.
Em 2018, apenas um novilha entre mais de mil enviadas para abate por Carneiro não foi reconhecida como precoce. Ao Giro do Boi, o pecuarista revelou alguns segredos de seu sistema de produção. “Pastejo rotacionado, são piquetes pequenos, onde os animais ficam por três a quatro dias, vão girando, então só pega ponta de capim e é o ano inteiro desta maneira. Sanidade não se pode descuidar nunca, a nutrição sempre no capricho em pastagem e a suplementação rigorosamente bem feita e a estratégia de fazer os manejos na hora certa, dar o acabamento que a indústria precisa e para que a gente atinja o máximo de bonificações que é possível para o produto”, contou.
O engenheiro agrônomo e pecuarista Darcy Ribeiro também atestou sua experiência positiva ao participar dos protocolos especiais. “Esses protocolos vieram para você também procurar melhorar. O protocolo existe, você procura fazer uma carne de altíssima qualidade para ter uma rentabilidade maior. É extremamente satisfatório que a indústria continue incrementando ainda mais os protocolos e que o produtor continue a intensificar ainda mais o uso de tecnologia”, aprovou.
“Nós não queremos um bovino pesado, nós queremos um bovino bem acabado. […] Não adianta você produzir gado de 42, 48, 38 meses, sendo que está pesado, mas não tem acabamento. A tecnologia te proporciona isto e está aí para ser usada. E ela traz retorno”, assegurou Ribeiro.
Veja os depoimentos completos pelo vídeo abaixo: