Com o aumento da frequência das chuvas no Brasil Central, a escolha do proteinado adequado para o período das águas é uma decisão estratégica.
Segundo o engenheiro agrônomo Marcius Gracco, da Intensifique Consultoria, o suplemento deve atuar como um apoio ao desempenho, e jamais como uma “muleta” para corrigir pasto mal manejado ou para substituir a falta de forragem.
O especialista ressalta que o suplemento só começa a ter um efeito substitutivo no consumo do pasto a partir de 0,3% do peso vivo do animal. A formulação do proteinado das águas deve ser focada em garantir o aporte de nutrientes que complementam o capim, que já está mais fibroso e com menor concentração de energia do que nas primeiras brotações.
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Exemplo de formulação para o proteinado
Para ilustrar uma formulação eficiente para o proteinado energético, com consumo esperado de 0,3% do peso vivo e 25% de proteína bruta, o agrônomo sugere a seguinte composição, lembrando que a receita deve ser flexível e adaptada à realidade de custos regionais:
- Energia (73%): uso de milho ou sorgo.
- Proteína (5%): farelo de soja ou DDG (grãos secos de destilaria).
- Ureia e Enxofre: é crucial a inclusão de 6% de ureia e 1% de sulfato de amônio. O sulfato de amônio é fundamental por causa do enxofre, que melhora a conversão alimentar e a saúde microbiana do rúmen.
- Minerais: 5% de sal branco e 10% de núcleo mineral.
Nutricionista: o segredo da formulação assertiva
Apesar da sugestão, o consultor enfatiza que o produtor não deve considerar esta uma receita fixa. A proporção e o tipo de ingredientes devem ser substituídos conforme o preço dos insumos e a disponibilidade na região.
Por isso, a dica mais importante é consultar um nutricionista que tenha afinidade com a realidade da fazenda. Um profissional qualificado garantirá uma formulação assertiva, que otimize o consumo do proteinado e maximize a eficiência do rebanho, evitando o desperdício.
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