
Zootecnista explica que a escolha depende da qualidade da pastagem e orienta pecuaristas a considerar custo-benefício na suplementação
Suplementação bovina: a escolha ideal varia conforme a pastagem
A dúvida do telespectador Pedro Alves Ribeiro, de Rondonópolis (MT), foi direta: “O que é melhor para o meu gado: proteico de alto consumo ou sal aditivado?”. Quem respondeu foi o zootecnista Tiago Felipini, especialista em nutrição de ruminantes, que destacou um ponto essencial: a condição da pastagem é o fator decisivo. Veja o vídeo:
Segundo o especialista, ambos os suplementos têm efeito aditivo na digestão e no ganho de peso, ou seja, melhoram o desempenho do animal sem substituir totalmente o valor nutricional do pasto. Mas o resultado final vai depender do estado da forrageira na fazenda.
Pastagem seca ou ruim? Vá no mais barato
Se o capim estiver seco, com pouca oferta ou de qualidade baixa, o efeito dos dois produtos tende a ser semelhante. Nessa situação, Felipini recomenda optar pelo suplemento com menor custo, já que o desempenho do gado será próximo, independentemente do produto.

“Nesse momento, a recomendação para você é usar o produto mais em conta, já que o resultado de desempenho vai ser próximo”, explicou.
Pastagem boa? O proteico de alto consumo dá vantagem
Agora, se o pasto estiver verde, com boa oferta e bem manejado, o proteico de alto consumo se destaca. Ele proporciona maior ganho de peso, justamente porque a base forrageira favorece uma melhor resposta ao suplemento.
O zootecnista reforça que, nessas condições ideais, o investimento no produto mais completo compensa no desempenho do rebanho.
Ajuste a lotação, observe o capim e escolha com estratégia
A dica final do especialista é simples e direta: observe sua pastagem e ajuste a lotação animal à capacidade da área. Só assim será possível maximizar os resultados da suplementação, seja com sal aditivado ou proteico.
“A escolha ideal depende da condição da sua fazenda. Ajuste bem a lotação e avalie o custo-benefício”, orienta Tiago Felipini.